Atlético x Corinthians, como sempre, um grande jogo recheado
de emoções do princípio ao fim.
O Furacão começou muito bem, tocando a bola e mantendo a
calma, tentando encontrar uma brecha no sistema defensivo corinthiano que
também se precavia para não ser surpreendido por uma chegada “mortal” do ataque
Atleticano.
Os ótimos lances do primeiro tempo e um certo domínio rubro
negro, davam a impressão que o gol seria questão de tempo, mas o Corinthians
demonstrava que poderia surpreender a qualquer momento.
As ótimas defesas de Cássio e Santos, mantiveram o placar
fechado.
Destaque para Santos que logo fez a torcida “esquecer”
Weverton momentaneamente, a segurança do goleiro, passava um certo ar de
tranquilidade aos Atleticanos.
O segundo tempo começou com a impressão de que o Furacão
deslancharia, mas não foi bem isso que vimos. O Corinthians voltou melhor
armado, melhor postado em campo, com toques de bola rápidos e consistentes,
chegava com mais perigo ao gol do Atlético.
Em uma das várias investidas corinthianas contra a meta
rubro negra é que veio o primeiro grande gol da noite, uma defesa fabulosa de
Santos, para emoldurar e pendurar na entrada da Arena.
Após a defesa milagrosa aos 19´ da segunda etapa, não demorou
muito para a torcida do Atlético entrar em êxtase.
Walter, aos 31´ ganhou um presentaço oriundo de um lançamento
preciso de Paulo André e abriu o placar.
E porque digo presentaço?
Vou falar do jogador da noite, aquele que ao meu modo de ver
tem se tornado essencial nos jogos do Atlético e que quietinho vem roubando a
cena, sem aparecer.
Pablo...
Todos estiveram muito bem, Thiago Heleno, pura raça e
empenho, sem brincadeira, bola “pro mato” que o jogo é de campeonato.
Paulo André, sempre técnico e eficiente, fazendo às vezes de
libero de vez em quando, subindo e auxiliando.
Otávio preciso.
Hernani voluntarioso e perigoso nos chutes de longe.
Léo combativo e “encrenqueiro” como um lateral deve ser.
Sidcley, esforçado, batalhador, mas ainda com falhas
desnecessárias, erros primários.
Walter, fez os dois gols e só por isso nem comento.
Marcos Guilherme, correu, tentou, perdeu chances e a fome ainda
atrapalha ele de vez em quando, mas fez seu papel.
Vinicius, o feijão com arroz que caiu de produção no segundo
tempo.
E Pablo. O jogador que joga para o time.
Tem visão de jogo, surpreende o tempo todo, está em todos os cantos do gramado,
combate, divide, faz gols, toca, lança, enfim, ajuda armar as boas e mais
perigosas jogadas do Furacão.
Se você acha Walter essencial, ou André Lima ou Nikão ou
Otávio, comece a reparar no Atlético com e sem Pablo.
Pablo não mede esforços. Minutos antes estava na lateral
combatendo insistentemente e sem dar moleza evitou uma chegada perigosa do
Corinthians. Durante o jogo se colocava bem e era o elo entre Otávio e Hernani
e os atacantes.
E claro, vamos ao que interessa, o primeiro gol do Furacão.
Pablo não fez apenas um corta-luz, Pablo deu um passe de
costas. Repare na jogada, Pablo não está prestando atenção em Walter, mas sabe
que Walter está lá e que chegaria na bola. E ele foi preciso. Esse corta-luz, ganhou o jogo! Se fosse “fominha”, dominaria e tentaria o arremate mas, usando a
inteligência, deixou para quem receberia de frente e talvez se não chutasse, deixaria
o próprio Pablo na cara do gol para marcar.
Parabéns Furacão. Belo jogo que coloca o Atlético também na
briga pelo título em meio a esse bolo surpreendente de times. O campeonato mais
equilibrado dos últimos 15 anos.
Parabéns Pablo, você na minha opinião foi o nome do jogo,
foi o melhor em campo e foi decisivo.
Em terra de Furacão, Gavião não voa.
A decepção ficou por conta do público.
Onde estão aqueles que
reclamam da falta de promoção? Com promoção de ingressos a cinquentão, em um
jogo de ponta do campeonato, não passamos de 27000 torcedores e claro contando
com um bom número de corinthianos que foram a Arena. Prova de que o torcedor
que vai a Baixada é o mesmo de sempre e não os reclamões de plantão.
SRN
Melhores momentos
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