Hipocrisia e com H maiúsculo.
Ao entrar pela primeira vez em minha vida no auditório da
Câmara Municipal de Colombo no dia 23 de junho deste corrente ano, para o
acompanhamento da sessão, eu com uma certa sonolência em virtude das leituras
que se fazem sempre necessárias para esclarecimentos, fui solenemente
despertado por uma farra de aberrações proferidas publicamente por alguns
vereadores.
Dizem que a primeira impressão é a que fica, pois bem,
ficou. E além de ficar, vai perdurar definitivamente.
Vi despreparos em leituras, em questionamentos e a imensa
falta de respeito com atual situação do município, que não foi originada pela
atual administração e sim pela anterior.
Vi vereadores perdidos, alguns dos quais apoiei para que
conseguissem chegar lá, mas que na verdade hoje não sei porque apoiei, são
decepcionantes, são umas farsas completas.
E estas visões particulares, ocorreram durante a tentativa
de aprovação do orçamento do município.
Oras bolas: Terei que ser claro, curto e grosso, além de
super direto.
De que me servirá uma pista para skate e um bem direcionado
apenas a skatistas?
Meu filho é skatista, ama o esporte, mas no momento não vejo
isso como prioridade para ele, quem sabe se os que estão preocupados com os
skatistas se preocupassem com a escola dele que necessita de reformas, seria
bom demais.
Há muito que se fazer na saúde, educação e segurança entre
outras obras muito mais prioritárias que a acima citada.
Faça um cálculo rápido sem valores em sua mente e verá que estou
com a razão:
Teremos que construir várias pistas de skate, pois só uma em
um determinado bairro seria sacanagem pública. Necessitaremos, portanto de pelo
menos 20 pistas de skate em todo o município. Já pensou quanto dinheiro é
necessário?
Não é mais digno priorizar o que é prioridade nesse momento?
Isso se chama Hipocrisia, com H maiúsculo, escancarado em
nossas caras.
Não que não seja uma necessidade, mas nem de longe é uma
prioridade.
Ou devo lembrar que alguns que sugerem isto, e bradam em
alto e bom som como os guerreiros da sociedade colombense, são oposição a atual
administração e tem um pé e coligações com os administradores anteriores.
Vocês são hipócritas e analfabetos mentais.
Substituam isso que vocês chamam de necessidade por algo de
maior importância ao município relacionado, por exemplo, a recuperação de
drogados.
Ou então se dediquem a um projeto para a contenção de
enchentes no bairro Santa Cruz, ou na recuperação do campinho de areia do mesmo
bairro sendo que nenhum de vocês preocupou-se ao menos em visitar.
Pista de skate? Queremos comida, educação, saúde e
segurança.
Que tal uma extensa colaboração a belíssima obra do CMEI do
Jardim Osasco?
Isso é prioridade, é necessário.
Pista de skate, até onde sei, não livrará ninguém das drogas
e até pelo contrário, poderá tornar-se um ponto para distribuição da mesma e
nisso tenho mais conhecimento que vocês hipócritas, pois vejo isso diariamente
sem que alguém tome providências.
Quer que eu use o exemplo da praça do gaúcho em Curitiba? É
público e todos sabem o que aconteceu alguns dias atrás por lá e quanto que foi
apreendido de drogas.
Vocês não querem ajudar o povo, vocês querem enganar, para
justificar suas presenças na câmara municipal. Eu tenho pelo menos uns 30
projetos aplicáveis e saudáveis e muitos com pouco custo, mas a vocês não
entrego, é só usar a criatividade e estar ao lado do verdadeiro povo
necessitado.
E o fator poeira??? Quase morri na cadeira ao ouvir mais
essa aberração publicamente.
Uma reclamação de moradores, pois as obras dão origem a uma
poeira fora de controle, mas, “perai”, parei... nunca vi obra sem poeira e sem
sujeira. E até que fique pronta é a coisa mais normal, além de ser universal, e
pior, o individuo sem noção e despreparado psicologicamente só pode estar de brincadeira
em reclamar de algo que será benéfico para ele mesmo.
Como quis eu gritar lá de trás, “meus queridos, engulam a
poeira e defequem tijolos”, mas eu seria tão hipócrita quanto eles.
Hipocrisia com H maiúsculo.
Quando reclamaram dos buracos nas ruas então, senti a
necessidade de chamar o Osama a vida novamente e convidá-lo a explodir uma
bomba no colo dos afetados pela amnésia pública instaurada de forma bizarra nas
mentes daqueles que proferiram a imensa baboseira, culpando a atual
administração pelos buracos.
Espere, vereador, você copiou meu texto da administração
passada?
“Existem ruas nos buracos”... e já existiam e milhares de
ruas, abandonadas 8 anos antes da atual administração, e você achava que a
recuperação deveria ter sido feita em apenas 2 anos e meio? Você acabou sozinho
com o conceito que eu tinha sobre você.
Hipocrisia!
Esses buracos estão sendo formados há mais de 8 anos.
Há mais de 8 anos estão sendo perfurados em nosso município
e só agora, tão somente agora vejo obras no sentido de remediar uma situação
drástica.
Ah... você não viu vereador? Venha na frente da minha casa e
lhe mostro como era antes e como esta agora e quantos anos levaram para que
nosso pedido fosse atendido e quem atendeu, além de lhe mostrar outras ruas.
Alguns vereadores perderam totalmente o sentido psicológico,
como se não soubessem que nada se reconstrói do dia para noite e para que o
leitor consiga entender e visualizar a situação, vou usar um exemplo que aqui
cairá muito bem:
Vejamos, herdo uma casa em que outra família habitava
durante oito anos e essa família simplesmente destrói a casa por completo.
Paredes, encanamento, pintura, telhado, piso, enfim tudo, entro na casa e com
aquela insatisfação de receber uma herança maldita, decido reconstruir aos
poucos, começando pelo que é essencial e com o tempo resgato várias peças dando
prioridade é claro, ao que realmente se faz necessário, um exemplo aqui, o
telhado. E dia após dia, estou lá, reparando o que outros destruíram, reparando
o que outros destruíram e reparando o que outros destruíram. Mas eis que minha
família decide me acusar, segundo o ponto de vista deles, pelo baixo e fraco
andamento da obra de recuperação. Mas então entramos na questão financeira,
pois não disponho de todo esse dinheiro imediato e tenho que fazer um pouco por
dia até deixar a casa habitável novamente, pois não posso reconstruir tudo de
uma vez só a não ser que eu fosse Deus, embora mesmo Deus tenha construído o
mundo em sete dias. Mas minha família inconformada reclama da poeira, do jardim,
da pintura, do bocal, mas não vêem que nem ao menos as paredes por completo
ainda consegui recuperar, é serviço demais. A isso damos o nome de hipocrisia,
pois tenho que dar a prioridade ao que manterá a casa em pé, para depois pensar
no embelezamento.
É assim que alguns vereadores sem o mínimo preparo
psicológico, pensando apenas em seus próprios narizes, em suas promoções
pessoais, em suas oposições, estão trabalhando em Colombo. Atrapalhando o
andamento “da obra” em vez de ajudar.
Cidadão colombense abra o olho quando algum vereador
reclamar em sua frente de uma obra boa que não sai do papel, mas que no momento
não faz algum sentido ao povo de Colombo. O que não é prioridade tem que
esperar.
A prioridade esta acima citada, depois disso feito, então
sim, daremos a devida importância ao pedidos dos skatistas, dos roqueiros, dos
funkeiros, dos atletas, futebolistas, jogadores de basquete, jogadores de
vôlei, aos artistas, floristas, sambistas, aos musicistas (bandas e afins), e
por ai afora. Tenho uma relação de obras imensa para esse povo.
Deixem suas Hipocrisias com H maiúsculo em suas casas,
dispam-se da ignorância que perseguem seus cérebros torrados de tanto pensar em
como justificar suas presenças naquele recinto e aprendam a aprender antes de
querer ensinar.
Não conheço o vereador Sérgio Pinheiro, não sei quem é, mas
a pérola da noite foi proferida por ele, “como é chato ser honesto em Colombo”,
algumas pessoas simplesmente não gostam dos honestos.
Parabéns ao Waldirlei Bueno, é presidente com dignidade e
não vejo nenhuma mazela em sua administração à frente da câmara, tem pulso
firme necessário e hombridade de responder a altura alguns comentários
tendenciosos e desnecessários. Quando fez uso da palavra, o fez com lisura e
propriedade, mostrando estar psicologicamente preparado para o cargo, sendo um
chefe nato, claro, dinâmico, educado e com a resposta na ponta da língua,
tirando de meu pensamento as palavras necessárias naquele momento, embora se
fosse eu o orador, teria proferido muito mais palavras de indignação.
Colombo necessita de líderes natos e não de políticos que
tentam viver um faz de conta que acontece, sonhadores de obras sem sentido,
vereadores que não entenderam isso ou aquilo (a isso se dá o nome de preguiça
de entender) e famigerados pedidos que chegam a ser obscenos de tão patéticos
que são, tão patéticos quanto aqueles que sugeriram.
Só posso batizá-los de patetas da câmara municipal de
Colombo, patetas praticando politicagem.