quarta-feira, 19 de julho de 2017

Quem pode substituir Petraglia?



19 de julho, dia do futebol.

Devido a alguns contínuos comentários nas redes sociais contra Petraglia, decidi hoje falar sobre o homem que mudou o futebol paranaense e consequentemente claro, o futebol do Atlético Paranaense.

Mais do que comentários politizados, como alguns insistem em fazer, quero apenas que me apontem um nome com as características abaixo:


  • Capacidade semelhante;
  • Inteligência semelhante;
  • Perspicácia semelhante;
  • Que seja corajoso para bater de frente com a Globo;
  • Que seja corajoso para bater de frente com o eixo do “mal”;
  • Que tenha moral na CBF, contra e favor;
  • Que tenha moral internacional;
  • Que tenha a capacidade de realizar transações milionárias e trazer dinheiro para o clube manter seus empreendimentos;
  • Que seja capaz de colocar o clube todo ano na briga por títulos importantes;
  • Que seja um nome de certeza de luta (eu disse luta) por grandes conquistas;
  • Que seja capaz de derrubar dois estádios e reconstruí-los sem dinheiro no “bolso”;
  • Um nome que nos classifique a cada, pelo menos, 3 anos para a disputa da Libertadores;
  • Que tenha em seu currículo pelo menos uma conquista de grande expressão;
  • Que seja capaz de trazer um campeonato de grande expressão para o Estado do Paraná, como por exemplo uma Copa do Mundo ou UFC (algo similar);
  • Que consiga transformar um clube com 5 milhões de dólares em dívidas, em um clube estabilizado e sem dívidas, aliás o único do Brasil. Não valem dívidas acumuladas a longo prazo, pois as mesmas não são dívidas imediatas, são dividas a serem sanadas mediante a arrecadação de recursos e receitas que só um grande administrador pode gerenciar e resolver, administradores de médio e baixo porte sucumbirão diante da situação, pois criatividade, planejamento, gerenciamento, competência e responsabilidade são essenciais para que se dê continuidade a um projeto realmente gigante e cumprimento das obrigações financeiras. 


Claro que estou aqui resumindo a lista, para também poder dar chances a você leitor de apenas pensar e indicar um nome que consiga ao menos atender 50% dos requisitos acima, pois sei que mesmo você, que tanto xinga e reclama, também sabe que é impossível encontrar um substituto à altura.

Não venham com jargões batidos de puxa saco ou qualquer coisa que estejam em suas mentes doentias, venham com nomes com propostas, com objetividade, que apresentem algo para a torcida, um escolhido que realmente valha a pena a gente discutir e pensar e que possa provar que perfil para substituir MCP e por favor, não venham com nomes que nos façam rir. 

Como diria “àquele” comentarista, isto posto meu nobre, vamos partir para algumas observações que você que é torcedor a pouco tempo e não viveu a época inglória do Atlético, não sabe o que realmente era sofrer pelo Furacão. Alguns podem pecar com a ingratidão, e espero que no futuro não arrastem o clube novamente a era do fracasso, como exposto abaixo.


Década de 70:

Nenhum título, poucos campeonatos nacionais disputados, sem vitórias de expressão e vencíamos 1 Atletiba a cada 10 que disputávamos, sem contar os inúmeros casos de subornos, compra de campeonatos, arbitragens e jogos por parte dos coxas, eles tinham o dinheiro, tinham o estádio e tinham os títulos. Éramos obrigados a pagar aluguel para jogar no estádio deles.


Década de 80:

Em 1981 conheci o Atlético através de meu pai, em meio ao torneio da morte. Meu falecido pai era paulista, de Guararapes, palmeirense fanático que desembarcou em 1968 em Curitiba e viu jogar aquele timaço montado por Jofre. Certo dia perguntei a ele: Porque Atleticano e não coxa? Mansamente respondeu-me que verdão só existia um e o coxa não passava de um alvinegro com faixa verde. Sua paixão pelo Atlético iniciou por ver que nosso time era sempre o desmerecido, o roubado pela arbitragem, o time mais pobre e esquecido de Curitiba que lutava a duras penas para seguir adiante e com tanta luta e sofrimento se tornou para ele uma paixão tão igual ou até superior ao Palmeiras e acredite, em jogos de ambas as equipes, ele torcia para o Atlético.

1982 comemorei meu primeiro título, também foi o ano que fui pela primeira vez no estádio de futebol, em um jogo contra o São Paulo, a última vitória do São Paulo contra o Atlético em Curitiba. Claro que naquele tempo apenas sonhávamos em alcançar alguma vitória contra grandes times de São Paulo, Rio, Rio Grande e Minas, não era algo comum, era raro, éramos vistos como um time pequeno, sem notoriedade e aclamados pelo eixo do mal como um time medíocre e sem expressão.

1983 ascendeu aquela esperança, tivemos um daqueles raros momentos de felicidade, mas que parou na arbitragem no Rio e no “vestiário” do couto no jogo contra o Flamengo.

A década de 80 decorreu assim, alguns campeonatos paranaenses, o título nacional coxa e a inveja por sabermos que jamais conseguiríamos alcançar tal feito pela pobreza que vivíamos.

E essa pobreza aumentava mediante ao catastrófico acerto da diretoria da época em deixar a antiga Baixada de lado, vender o terreno e migrar para o Pinheirão. Pior atitude já tomada na história do Atlético. Aquilo determinou a falência total do clube, que no início da década de 90, nem mesmo uniformes tinha para entrar em campo.

Década de 90: 

Acompanhe um relato de Mauro Holzmann: 

“Em 1990 o vice-presidente era o Fleury e o Presidente era o Farinhaque, nessa época eu nem trabalhava nessa área, eu era apenas conselheiro do clube e torcedor, mas ele me pediu uma ajuda para compra de material esportivo e os uniformes do clube e eu pensei: Preciso ver o que ainda tem no estoque para deixar este setor tranquilo”.
“Então, certo dia pela manhã, fui até o antigo ginásio que havia ao lado da Baixada, solicitei ao funcionário responsável pelo material esportivo que me mostrasse o que havia ainda no estoque. Ele caminhou até um armário e quando foi abrir a porta do armário, ela saltou em suas mãos, estava podre. Dentro havia apenas uma camisa, um calção e um par de meias desparceirados”.
Falei: ”Então a coisa está crítica”?
Ele respondeu: “Mais que isso Mauro, nós não temos camisas, nada, para entrar em campo e o campeonato paranaense começa daqui 15 dias”!

 “Eu era muito amigo do seu Antonio Cancela que era dono da Janjão materiais esportivos e fui conversar com ele explicando qual era nossa situação. Ele mandou fazer os uniformes, camisas, calções, meias, no Boqueirão em uma empresa de malharia, os primeiros jogos de camisas do campeonato de 90 que usava Janjão como patrocínio”.

“Essa história é o símbolo do que era o Atlético há 23, 25, 27 anos atrás e 25 anos atrás empresarialmente falando é ontem, pois essa evolução, esse salto que o Atlético deu, não veio por acaso, foi fruto de muito trabalho, muita dedicação e da visão de Petraglia a frente do clube”.


Salmir Lobato, ex-dirigente do Atlético também tem suas histórias e dentre tantas que me contou, uma em especial  chamou minha atenção:

“Certa vez um jogador veio até mim, pedindo um dinheiro para poder comprar um bujão de gás. A esposa do jogador estava desesperada, pois na casa deles não havia nada de mantimentos. Os salários estavam como sempre atrasados, não havia dinheiro para pagar, a situação era precária, fazíamos vaquinhas pois o dinheiro dos ingressos mal dava para pagar os custos dos jogos. O jogador me disse que não entraria em campo, então corremos atrás, fizemos uma vaquinha entre todos e arrumamos dinheiro para ele comprar o bujão de gás e mantimentos. A esposa dele chorou de alegria e no domingo o rapaz entrou em campo e marcou 2 gols, vencemos aquele jogo”.


2017:
 
Em 2017 Mario Celso Petraglia tem sido alvo de xingamentos diversos. Tentaram de muitas formas humilhar aquele que tirou o Atlético Paranaense do buraco, da falência, da morte, aquele que construiu o melhor CT de um clube de futebol nas Américas, duas vezes o estádio mais moderno da América Latina, aquele que não nos deixou sonhando com o título brasileiro e nos deu um título muito mais grandioso do que dos coxinhas que foi com saldo negativo de gols além do clube ter saído de uma repescagem, uma das tabela mais esquisitas da história do futebol mundial, onde aquele que deveria ser rebaixado foi campeão. 

Mario Celso Petraglia colocou o clube na Libertadores por 5 vezes, colocou o clube no circuito internacional do futebol, quando antes éramos ignorados no Brasil todo, além de ter tirado o Atlético duas vezes da segunda divisão do futebol brasileiro e uma delas rebaixados pelos próprios desafetos que hoje tanto denigrem MCP. Fora tantas outras ideias e atitudes que transformaram o Clube Atlético Paranaense em pouco mais de 20 anos no clube mais organizado do futebol sul americano.

Poucos conhecem ainda o “Mario” humano. Poucos sabem quantas pessoas o Mario já ajudou em sua caminhada. Não falo de ajudas empresariais, falo de ajudas humanas, de pessoas que precisavam e que ele espontaneamente estendeu as mãos, mas claro, segredos são segredos e tenho a certeza que ele prefere que eu deixe assim, sem citar outros feitos magníficos.

Hoje, 19 de julho, dia internacional do futebol a homenagem não poderia ser a outro Atleticano, que é perseguido, xingado, desmerecido e vítima da ingratidão de muitos Atleticanos.

Pelo que fez pelo meu Clube Atlético Paranaense, a homenagem é para Mario Celso Petraglia, que salvou o Atlético da morte, transformando o clube no maior do Paraná, um dos maiores do Brasil e em breve um dos maiores do planeta, isso sim nos proporciona ainda poder comemorar essa data e falarmos do futebol do Clube Atlético Paranaense. 

“O tempo é senhor da razão”!

Quanto aos “cornetas”, a única resposta que aguardo de vocês é um nome, apenas um nome.
Fazem 5 anos que faço a mesma pergunta e até hoje ninguém soube responder.


Observações:

O nome do sujeito que jogou um sofá pela janela de um edifício e deu alguns tiros nele, não vale. (Coisa mais estúpida de se fazer e de se orgulhar de ter feito).

Quero agradecer aos mais de 705 mil acessos ao Olho no Lance, você poderá comprovar no contador da página. E também aos mais de 50 mil acessos em 1 mês e meio de postagens (em média 1 por semana) no site Linha de Fundo. Mais de 755 mil acessos, logo alcançaremos a expressiva marca de 1 milhão que é para poucos. 

Em breve estaremos com nova página também no UOL. Quem viver verá!

Agradeço a você que acompanha porque gosta e a você que acompanha porque odeia. Toda a unanimidade é burra. Todos têm direito a opinião, desde que exposta de forma sadia e sem palavrões. Quando a opinião é feita com uso de palavrões e adjetivos com intuito de denegrir o trabalho, torna-se de fato um ato de desespero e demonstra a falta de argumentos, inteligência e coerência.
E tenho dito!

Saudações Rubro Negras... E que comece o MIMIMI...


7 comentários:

  1. Não há o que argumentar a competência do Petraglia como visão do futuro é grande empresário. O CAP tem a estrutura moderna e das melhores do país deve a ele.Teve a contribuição competentedo do Mauro Holzman que foi meu amigo em início de carreira é que fez a diferença ao clube e ao marketing do Atlético. Só lamento como torcedor apaixonado que com 68 anos de idade,talvez não alcance o meu time com títulos importantes como Brasileiro, Libertadores,entre outros e ainda sofrer injustiças e falta de reconhecimento da mídia bairrista de SP e RJ tentando desqualificar o clube e não reconhecer o seu valor.

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  2. Petraglia merece o respeito de todos. Infelizmente Inimigos do Atlético, pessoas de visão obtusa, assacam contra Mario Celso Petraglia. Certamente alcançaremos os feitos que que ele nos fez sonhar. Está de parabéns toda a diretoria do Clube Atlético DOS Paranaenses.

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  3. como empreendedor e gestao nao tem o que falar agora com time de futebol um fracasso depois de 2001 o furaçao ganhou algum titulo importante ta na hora de sair so paga as contas que vc fez e deixe o furaçao pra outro que saiba fazer um time de futewbol isso que queremos te agradecemos pelo ct pelo nosso estadio cinza mais queremos time nao esse lixos que vem sendio feitos

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    1. Concordo ele poderia ficar no Atlético mas mexer só nos negócios patrocínio etc e deixar o futebol em outras mãos

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  4. Nome para substituir: Mario Celso Petraglia.
    E para as viúvas do Malucelli uma sugestão: Comprem o pinheirão, criem um clube e vamos apostar quanto tempo levará para falir.

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    1. Gosto do Petraglia mas futebol time jogadores treinadores ele não entende

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  5. com certeza petraglia.antes e depois quem viveu os anos 70 sabe disso.a palavra e o imediatismo.passa rápido amanhã estes que criticam vão aplaudir este projeto.parabéns pelo comentário.

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