segunda-feira, 3 de julho de 2017

Bambi freguês, aceita que dói menos

Jogo contra os Bambis em Curitiba é meio caminho andado para a vitória. 35 anos se passaram desde a última vitória deles aqui, mais precisamente um 3x1 em 1982, para mais de 50 mil pessoas, gol do Atlético de Augusto batendo falta e meu primeiro jogo em um campo de futebol. Ah sim, foi lá no Chiqueirão alviverde. Na Arena são 17 jogos e invencibilidade absoluta do Furacão.

Mas claro que em vista dos últimos resultados na Baixada, ficamos com aquela pulga atrás da orelha. Mas não houve muito tempo para nos preocuparmos, o Furacão fez jus ao nome, foi pra cima dos Bambis iludidos e logo aos 3´ em uma bela jogada, Grafite se antecipou e se posicionou perfeitamente para belo passe de Rossetto. Grafite encheu o pé e Renan fez uma excelente defesa. Grafite e Rossetto fizeram a jogada que deu origem ao escanteio do gol.

Na cobrança de escanteio, Grafite “puxou” dois marcadores e Wanderson apareceu livre, bola no queixo, queixo na bola, pau na redonda e gol do Furacão para delírio da Arena. Parecia que a porteira estava aberta e o Atlético foi para cima. Nikão deitou e rolou logo no minuto seguinte, bateu forte, mas Renan estava lá para espalmar. O São Paulo quis se engraçar, mas o Furacão tinha Wanderson, Otávio e o “classudo” Lucho Gonzales.

Foto: Marco Oliveira / Site Oficial
Em 20 minutos, Lucho já havia salvado um gol certo do São Paulo, arrumado um escanteio numa bola perdida, desarmado 2 contra ataques dos bambis, feito 3 assistências preciosas não aproveitadas, numa delas se Coutinho é mais esperto sairia na cara do gol sozinho. Lucho ocupava espaços impedindo subidas de Rodrigo Caio e Jucilei, marcava firme e corria o campo todo. Eita Lucho, a idade não atrapalha a experiência e por isso pouco o São Paulo chegava. Como diz aquele comentarista? Tá aqui na minha (está é minha) planilha que não falha!

Enquanto isso nas redes sociais, o povão que ouvia a transareba e a bandabesta, comentava asneiras bem típicas de torcedor que não entende nada de futebol e tática. Acham que o cara está bem só quando está com a bola nos pés. Grafitão segurava marcação, sempre haviam 2 marcadores nele em qualquer jogada de ataque, isso proporcionava o avanço de Rossetto e Nikão com mais liberdade. Isso era nítido, mas tem gente que não conseguiu ver e só entendeu o que ouviu "dos" do contra.

27´ e Nikão desfere um petardo de fora da área para outra grande defesa de Renan. O jogo era alucinante, era lá e cá. A bambizada queria empatar, mas a dupla de zaga do Furacão começava a aparecer e guardando território não deixava nada passar. Aos 43´ quase que Lugano dá um presentão para o Furacão. Tentou recuar e a bola passou pelo goleiro Renan, Rossetto não conseguiu alcançar. Por pouco não saiu o segundo gol.

Foto: Marco Oliveira / Site Oficial
Segundo tempo começou com substituições que me preocuparam, principalmente a saída de Lucho e embora Rossetto errasse alguns passes, ainda assim era o motorzinho de ligação. Dito e feito, o Furacão perdeu poder ofensivo e defensivo, a saída de Lucho “cão de guarda” abriu uma “cratera” no meio dando liberdade aos Bambis que começaram a deitar e rolar. Grafitão ainda assim mais avançado, prendia 2 zagueiros do São Paulo. Logo a um minuto (Que fase!) Grafite recebe em impedimento e tenta o gol, mas a bola caprichosamente beija a trave. Aos 4´ Coutinho tentou uma bola com efeito e quase Renan entrega.

Os Bambis começaram a atacar mais, aproveitando as brechas no meio. O Furacão tentava equilibrar. Eduardo Baptista sacou Grafite para entrada de Pablo, então o São Paulo teve toda a liberdade para atacar. Daí em diante só deu Bambi. Wanderson “monstro” detonava na zaga (que zagueiraço). Otávio se desdobrava, o General comandava e a bola São Paulina não chegava ao gol de Weverton. O São Paulo adiantou os dois zagueiros e os colocou no campo Rubro Negro, Grafitão não estava mais lá para cercar. Ainda bem que o Furacão marcava atrás da linha da bola e por isso era efetivo no combate.

O Atlético só deu ar da graça aos 30´ em chute de Jonathan, que aliviou por segundos o rolo compressor São Paulino. A pressão era total, mas a marcação era afinada e os Bambis tiveram sua última grande chance aos 48´ nos pés de Wellington Nem, mas Weverton fechou bem os cantos e o São Paulino chutou cruzado para fora. Apito final para delírio da torcida. 3ª vitória seguida, mais 9 pontos na tabela, já no campo da Sula, muito perto da zona da Libertadores.


Em tempo: Tirinhas valiosas.


Um torcedor do Atlético aprontou uma verdadeira cena patética e ridícula na Arena e pior, tem gente defendendo o imbecil. A Arena é setorizada e o cidadão cedeu suas 3 cadeiras da Brasilio Itibere para 3 amigos, onde as cadeiras de sócios são mais caras, entrou no setor fan superior (mais em conta), atrás dos gols e pulou para o lado da Brasilio sem ser autorizado. Foi contido por seguranças do clube acertadamente. Não foi agredido, mas tal qual um jogador “cai cai” simulou agressão se jogando por sobre as cadeiras.

Normal do brasileiro que gosta de desrespeitar regras e achar que tudo é ofensivo, além de querer levar vantagem em tudo tal qual Gerson. Sou a favor da setorização, pois tive muitos problemas no passado com torcedores que ocupavam minhas cadeiras e provocavam confusões por não aceitarem se retirar. Com a setorização ficou mais fácil ter direito ao meu lugar. Uma baixaria estúpida, premeditada pelo próprio torcedor, que já entrou com o intuito de pular o “muro” de vidro (ele mesmo admitiu). Que se puna o torcedor para que sirva de exemplo!

Torcedores nas redes falando das cadeiras vermelhas e não sabem nem ao certo para que fim serão utilizadas. O mais engraçado é que acham que o clube não deve reutilizar as cadeiras para o evento da Liga Mundial de Vôlei, outra imbecilidade, afinal, se as cadeiras estão encostadas, devem ser utilizadas sim. Significa economia e mais público na Arena. Mentes pequenas de gente que pensa pequeno, deseja ver o clube pequeno e chora mais que sanfona.

Jogo da Libertadores sem Arena. Infelizmente uma coincidência e não pode ser tratada como falha do clube, afinal o clube já batalhava pelo evento desde meados do ano passado, não poderia prever jamais que cairia justamente no dia de um dos jogos do Furacão na Libertadores. A Liga Mundial de Vôlei é um evento que está no topo entre os maiores do universo, perdendo apenas para Copa do mundo e Olímpiadas. O clube tentou mudar o dia do jogo sem sucesso. Só falta pedirem a contratação de um vidente! Quem sabe se o torcedor, ao invés de vibrar com o San Lorenzo, tivesse respeitado nosso time, aquele gol aos 46´ não teria acontecido e mudaria a data do primeiro jogo.

Mas como se trata de Atlético Paranaense, para a torcida, aqui nada presta, tudo é complicado e tudo é motivo para reclamar e chorar, uma "frescuraiada" só. Não sou torcedor frouxo e medroso, acompanho o Atlético onde for. Para mim não importa o estádio, importa é a vitória e a classificação, jogue onde jogar. Parte da torcida mais fanática do Brasil se tornou a mais fresca e chorona do país. Ainda bem que ainda existem os que honram nosso antigo lema! Que o clube feche urgentemente um patrocínio com um fabricante de lenços. Alguém lembra ainda que nosso lema é “Atlético Até a Morte”?

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