quinta-feira, 21 de setembro de 2017

De Coxa à Paquitas: As origens dos apelidos do Coritiba e sua torcida



Você deve saber a razão do torcedor “coritibano” ser conhecido por Coxa ou Coxa Branca ou Paquita.

Se não souber, abaixo poderá acompanhar o relato de como surgiu e quem foi o responsável por apelidar as paquitas de coxa ou os coxas de paquitas e vice-versa.

Claro que no começo ficavam incomodados com o apelido de coxa dado pelos Atleticanos, mas com o tempo foram se acostumando, gostando e acabaram por assumir e incorporar ao dia a dia em 1969.

No futuro, com certeza, será muito comum você ver um coxa referindo-se a si mesmo como paquita:
- “Sou Atleticano e você?”
- “Sou paquita!!! A família inteira é paquita!!! Meu avô era paquita, minha mãe é paquita! É de família!!!”



A origem do apelido Paquitas

Alguns dizem que é por causa da tradição racista do clube, um dos últimos a aceitar jogadores negros. 

Seguidamente vemos atos de preconceito racial por parte de torcedores coxas, como ocorrido contra Thiago Heleno ano passado e mais recentemente contra um atleta do elenco do Coritiba.

A relação de preconceito racial é porque no programa da Xuxa não eram aceitas Paquitas negras, apenas brancas e loiras.

Outros citam que seria por causa das músicas entoadas pela torcida, plágios de músicas da Xuxa, em especial a música "Coxa eu te amo" que foi inspirada em "Xuxa eu te amo". 

Há ainda o fato de num passado recente, a torcida coxa ter o costume de balançar pompons nas duas mãos durante os jogos.

Há quem afirme ainda que seria por causa do símbolo da torcida organizada, um "duende", em referência ao filme "Xuxa e os Duendes". 

Outro fator preponderante é o fato de um dos maiores ídolos da história do clube se chamar Paquito. 

Juntando tudo isso não teve como não notar a relação dos coxas com o apelido Paquitas. 
 


A origem do apelido Coxa Branca

No início da história, em função de suas origens, os times do Coritiba eram formados por descendentes de alemães, que com suas peculiares aparências eram alvos fáceis para as provocações das torcidas adversárias.

Em um Atletiba em 1941, o torcedor Jofre Cabral e Silva, que se tornaria Presidente do Atlético em 1968, exaltado por ver o Rubro Negro perdendo o clássico, começou a gritar com o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “quinta-coluna”. Ao perceber que Breyer não lhe dava ouvidos, Jofre começou a gritar incessantemente: “Coxa-Branca! Coxa-Branca!”.

Os coxas passaram longos 28 anos incomodados com o apelido até que em 1969 assumiram de vez a alcunha se orgulhando da mesma.

Tanto que virou hino: Aos gritos de “Coxa eu te amo!”, a torcida saúda seu time nos momentos difíceis. 

Em um futuro próximo poderemos ver esse mesmo termo trocado por “Paquita eu te amo!”. Quem viver verá!

Sobre o termo coxa há uma outra versão ainda envolvendo o mesmo Jofre Cabral:

A Segunda Guerra Mundial assolava o mundo e Jofre Cabral decidiu agitar o clássico provocando os coritibanos: “Quem for brasileiro deve torcer pelo Atlético. O Coritiba tem até um alemão no elenco, o Breyer, aquele Coxa-branca”. Breyer teve sua carreira abreviada por causa do apelido. Os torcedores do Atlético o chamavam de quinta coluna e coxa-branca. com o tempo foi se aborrecendo e decidiu encerrar a carreira aos 24 anos, em 12 de dezembro de 1943, ironicamente em um Atletiba.

Breyer deixou de ir aos estádios assistir os jogos do Coritiba. O trauma somente acabou em 1969 com a torcida do Coritiba comemorando o título aos gritos de “Coxa, Coxa, Coxa”. 




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