quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O dia em que um porco verde desfilou no Couto

Eu estava lá, eu vi!

01 de maio de 1990, um dia inesquecível, um Atletiba inesquecível, mas não foi pelo resultado, uma derrota para os coxinhas, foi pela ideia e audácia de dois atleticanos, Beto Habitzreuter e o Julião.

O Atletiba se passou no Couto Pereira e em um tempo que o estádio era dividido quase ao meio entre as torcidas. O Coritiba ganhou o jogo por 3x0, mas acredite, eles não tem boas recordações daquela partida e preferem esquecer uma das maiores humilhações que passaram em toda sua história.

Era uma tarde ensolarada de terça, feriado, dia do trabalhador, o estádio estava superlotado, público total 55.897. O 5º maior público em estádios paranaenses e 2º maior em Atletibas. A festa era gigantesca. Antes das tradicionais baterias de fogos, apareceu o Julião no gramado com aquele porquinho pintado nitidamente de verde e branco, levantando o bichinho para todo o estádio ver e lá se foram o Julião e mais alguns atleticanos correndo com o porquinho em torno do campo, quase que uma volta olímpica, para desespero total da parte verde e delírio em uníssono da parte Rubro Negra, finalizado com uma bateria de fogos espetacular, era como se víssemos um título e um troféu sendo levantados. No campo as coisas não deram muito certo, mas o certo é que aqueles que estiveram presentes naquele dia, jamais esquecerão de uma das cenas mais hilariantes e sensacionais já vistas em Atletibas, o chamado "Atletiba do Porco".

Abaixo segue uma narrativa do Círculo da História Atleticana de um dos maiores Atleticanos que conheci em minha vida, o maior historiador do Atlético Paranaense,
Professor Heriberto Ivan Machado e Milene Szaikowski.

“Naquele dia, o dirigente atleticano, Beto Habitzreuter, também conhecido como Beto Padeiro, levou um porco pintado de verde e branco pra soltar no gramado. Sem ter quem tivesse coragem de começar a brincadeira, ele interpelou Julião para que soltasse o porco no gramado. Julião não pensou duas vezes e levou o animalzinho para dentro de campo”.

Julião conta que a primeira pessoa que ele viu nas cadeiras do Couto foi um colega de trabalho, que segundo ele era um dos coxas mais xaropes que ele conhecia:
"Ver o colega deu ainda mais motivação para a brincadeira”.

No gramado, Julião se divertia passeando com o porquinho, enquanto observava as reações indignadas dos coxas e de euforia dos atleticanos com a cena.

Julião:
“Meu Atletiba inesquecível. Como eu era responsável por soltar os foguetes, fui ao vestiário e um dirigente perguntou se eu tinha coragem de soltar no campo um porco que ele tinha levado. Nunca vi a torcida do Atlético tão feliz e a do Coritiba com tanta raiva".

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