Eu estava lá, eu vi!
01 de maio de 1990, um dia inesquecível, um Atletiba inesquecível, mas não foi pelo resultado, uma derrota para os coxinhas, foi pela ideia e audácia de dois atleticanos, Beto Habitzreuter e o Julião.
O Atletiba se passou no Couto Pereira e em um tempo que o estádio era dividido quase ao meio entre as torcidas. O Coritiba ganhou o jogo por 3x0, mas acredite, eles não tem boas recordações daquela partida e preferem esquecer uma das maiores humilhações que passaram em toda sua história.
Era uma tarde ensolarada de terça, feriado, dia do trabalhador, o estádio estava superlotado, público total 55.897. O 5º maior público em estádios paranaenses e 2º maior em Atletibas. A festa era gigantesca. Antes das tradicionais baterias de fogos, apareceu o Julião no gramado com aquele porquinho pintado nitidamente de verde e branco, levantando o bichinho para todo o estádio ver e lá se foram o Julião e mais alguns atleticanos correndo com o porquinho em torno do campo, quase que uma volta olímpica, para desespero total da parte verde e delírio em uníssono da parte Rubro Negra, finalizado com uma bateria de fogos espetacular, era como se víssemos um título e um troféu sendo levantados. No campo as coisas não deram muito certo, mas o certo é que aqueles que estiveram presentes naquele dia, jamais esquecerão de uma das cenas mais hilariantes e sensacionais já vistas em Atletibas, o chamado "Atletiba do Porco".
Abaixo segue uma narrativa do Círculo da História Atleticana de um dos maiores Atleticanos que conheci em minha vida, o maior historiador do Atlético Paranaense,
Professor Heriberto Ivan Machado e Milene Szaikowski.
“Naquele dia, o dirigente atleticano, Beto Habitzreuter, também conhecido como Beto Padeiro, levou um porco pintado de verde e branco pra soltar no gramado. Sem ter quem tivesse coragem de começar a brincadeira, ele interpelou Julião para que soltasse o porco no gramado. Julião não pensou duas vezes e levou o animalzinho para dentro de campo”.
Julião conta que a primeira pessoa que ele viu nas cadeiras do Couto foi um colega de trabalho, que segundo ele era um dos coxas mais xaropes que ele conhecia:
"Ver o colega deu ainda mais motivação para a brincadeira”.
No gramado, Julião se divertia passeando com o porquinho, enquanto observava as reações indignadas dos coxas e de euforia dos atleticanos com a cena.
Julião:
“Meu Atletiba inesquecível. Como eu era responsável por soltar os foguetes, fui ao vestiário e um dirigente perguntou se eu tinha coragem de soltar no campo um porco que ele tinha levado. Nunca vi a torcida do Atlético tão feliz e a do Coritiba com tanta raiva".
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