Em um final de semana de contrastes financeiros, Neymar, PSG, futebol inglês e declarações polêmicas, queda do Flamídia em casa diante do pobre Vitória, o Furacão enfrentaria o time mais saudável financeiramente, onde 2 meses de salários pagos equivalem a um ano de cotas de tv recebidas pelo Atlético, os mesmos dois meses pagam mais ou menos a Folha anual do Atlético. Imaginem onde o Atlético poderia chegar com todo dinheiro que o Palmeiras tem em caixa oriundos da tv e dos patrocinadores, por exemplo.
No sábado, reunido com alguns amigos, fazia meu prognóstico: “Dá pra ganhar! ” E um deles disse que iria ver o Furacão vencer lá; "Acredito na vitória”. Atleticano tem que ser confiante e acreditar no time, o clube não é pequeno, pode ser até financeiramente, mas devemos ter orgulho do que somos e acreditar em nós mesmos, sempre! Como não pude ir para Sampa "fiquei" pela TV. E a escalação? Me surpreendi positivamente com o futebol do primeiro tempo, Fabiano Soares deu um nó tático em Cuca. Demonstrou entender bem e ser aquele treinador que acompanha o adversário.
O Furacão fez uma etapa inicial perfeita, bem distribuído e toques rápidos com percentual quase zero de erro. Quando o passe funciona, o time funciona. 5´ minutos e o Furacão chegou primeiro, mas Prass se antecipou nos pés de Guilherme. O Palmeiras saia, chegava até o meio e travava ali. TH, PA e Pavez estavam impecáveis. Pavez recuava fazendo “às vezes” de terceiro zagueiro e possibilitava TH e PA saírem na marcação com segurança. Quando da posse de bola os dois saiam pelos lados e conseguiam abrir o jogo com mais eficiência.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
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Marcação absurdamente segura, todos voltavam e marcavam antes da linha do meio e o Palmeiras não furava o bloqueio. Sidcley e Pablo marcavam a saída muito bem. Guilherme, errando alguns passes, distribuía bem o jogo na frente. O Palmeiras tinha a bola, mas o Furacão dominava e aos 17´ Guilherme bateu escanteio, colocou a bola no lugar certo e o General entrou de cabeça para marcar. 1x0. O Palmeiras tentava pressionar, mas o Atlético era preciso e quando roubava a bola era perigoso. Estava mais perto do segundo do que o Palmeiras do empate.
O jogo era bom, mas a melhor oportunidade de gol veio só aos 46´ com Ederson que não viu Sidcley sozinho, Prass fez uma defesa sensacional. No segundo tempo o Palmeiras veio pro tudo ou nada e sufocou o Furacão. Você pode achar que o Atlético recuou, mas essa não é a realidade. Cuca mandou o Palmeiras para cima, inclusive com titulares poupados que entraram. A primeira chance foi do Atlético nos pés de Guilherme e grande defesa de Prass. Eduardo Henrique no lugar de Lucho não fez bem ao Furacão e o Palmeiras teve mais campo.
Lucho cobria o meio e fazia a ligação para Guilherme e o ataque. Então entrou em ação o Weverton que conhecemos, com grandes defesas que o conduziram até a seleção. Aos 11´ ele voou nos pés de Erick e impediu o empate. Aos 13´ após cabeçada de Antonio Carlos nova defesa espetacular. Aos 19´ Antonio Carlos perde chance incrível, pressionado pela zaga do Furacão. Aos 21´ Lucas Fernandes entrou no lugar de Ederson. O Palmeiras na pressão, o Atlético nos contra ataques e pouco eficiente na conclusão. 34´ Nikão entrou no lugar de Pablo.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
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35´ e o Palmeiras partiu para o desespero. Mas firme como uma rocha, a zaga do Furacão afastava o perigo. TH destruía a ofensividade palmeirense. O General deu o sangue literalmente, aos 43´ em um choque de cabeças levou a pior, o sangue escorreu. TH voltou rápido, a arbitragem solicitou sua saída para novo curativo e ainda "tirou" Fabricio por ter enxugado o sangue de TH na camisa. Foram 6 minutos a mais, mas o Furacão controlou a pressão final e venceu para encostar de vez no G6 na briga pela vaga na Libertadores 2018.
Weverton fantástico! Thiago Heleno o nome do jogo, fez o gol, voltou com aquela raça de outrora, sangrou fruto da vontade. Paulo André soberano. Pavez, passes precisos, cortes providenciais e silencioso. Lucho valorizou a posse de bola, ligou bem o ataque. Jonathan jogando o essencial. Fabrício grata surpresa, veio para ser titular. Guilherme quase dono da vaga. Pablo e Sidcley bens na marcação na saída de bola onde o primeiro combate atrapalhava as subidas palmeirenses. Ederson não apareceu tanto, mas teve grande chance de matar o jogo, méritos ao Prass.
Em tempo: Tirinhas valiosas
O momento é de união de todos pelo Atlético. Chega de reclamações excessivas e de politicagem, encheu o saco. Temos que manter o foco na Libertadores. Temos condições de reverter o placar e alcançarmos a classificação, o que nos cabe é fazer uma corrente positiva por mais essa conquista. Caso não alcancemos o resultado desejado, a vida seguirá e temos um campeonato para buscar com apoio do torcedor nova vaga para a Libertadores. É participando continuamente que poderemos chegar ao título almejado por todos. Ame mais o Atlético Paranaense.
Foi inevitável, ao ver Cuca lembrei de comentários dele após um jogo vencido pelo Furacão por 1x0 em Minas, quando ele ainda era técnico do Galo que estava invicto. "Pelo menos perdemos para o meu time de coração!" ... "Não aceitaria ser técnico do Atlético Paranaense jamais, não conseguiria lidar com o profissionalismo e a paixão que tenho pelo clube!"
De que adianta tantas contratações milionárias se elas não repercutem em campo o futebol esperado? Cabe a você torcedor pensar um pouquinho. Você acha o elenco do Furacão melhor ou pior do que o do Flamengo? Qual elenco você confia ser mais produtivo em campo? Os dois se enfrentaram 3 vezes nesse ano, empate de resultados, diferença apenas financeira. Pense nisso!
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