quinta-feira, 6 de julho de 2017

Retroceder nunca / Render-se jamais

Como é difícil encontrar inspiração para escrever algo que suporte e sustente minha própria alma de que é possível ainda reverter o resultado em Santos. O resultado de 2005 seria muito bem-vindo, aquele resultado nos levaria as quartas. Mas como confiar? Como acreditar? O que posso encontrar para exemplificar a mim mesmo de que somos melhores do que isso? O Furacão já foi melhor que isso, nesse mesmo ano de 2017.


Talvez o elenco não seja dos melhores, mas tínhamos algo que nenhum outro tinha, raça e força de vontade. O Furacão tornou-se unicamente defensivo e sem muita inspiração para atacar. 45 minutos de esperanças foi o que vivemos na Vila no jogo contra o Santos. Nada mais que isso. Durante 25 minutos, um time ofensivo, sufocando o peixe. Nikão aos 6´ explodia a Vila e ainda não entendi se Lucho errou ou se realmente fez intencionalmente, pois não foi para a bola com tanto ímpeto e acabou por fazer um “corta luz” sem querer perfeito.


2 minutos depois o General quase marca de cabeça. Era tudo que queríamos, pressão nos “caras”, time para frente. E o time não parou. Mas, em um erro no ataque, a bola sobrou para o contra-ataque santista, Thiago Heleno falhou na cobertura e Weverton caiu antes da bola, gol do peixe. Apesar do empate o jogo era bom, ainda estava para nós, só não podíamos dar bobeira novamente.



Foto: Marco Oliveira / Site Oficial

Aos 31´ entrou em campo o 12º jogador adversário, o árbitro. Você irá dizer “o time é ruim, não justifica”; dane-se se o time é ruim ou não, pênaltis devem ser marcados. Lucho foi lançado dentro da área e o jogador santista pega as pernas de Lucho sem acertar a bola, aos olhos da arbitragem, na cara do safado, típico como o jogo contra o Sport e o mal intencionado, nada marcou. Minha cabeça ferveu e logo pensei, “ferrou, veio encomendado”. Não deu outra.


inversão de faltas, falta de marcação delas para o Atlético e marcação excessiva de qualquer lance a favor do Santos, foi minando o Furacão no primeiro tempo, que mesmo assim, ainda mandava no jogo. Aos 34´ Otávio tenta cruzamento e Vanderlei é obrigado a se esticar todo para evitar um golaço. Aos 45´ apareceu Lucho novamente, que faz uma bela jogada, avança e bate de fora, Vanderlei desvia e a bola caprichosamente bate na trave. Sabíamos das nossas deficiências, a torcida sabia que algo deveria ser feito no intervalo para mudar o time.


Rossetto não vinha bem, errando muitos passes, Coutinho pouco produzia, Cascardo não estava rendendo e precisávamos de um lateral esquerdo marcador. Poderíamos unir o útil ao agradável com três substituições simples. Jonathan poderia entrar no lugar de Cascardo (se estava no banco poderia jogar), Carlos Alberto no lugar de Rossetto e Nicolas entraria no lugar de Coutinho. Nicolas iria pra lateral, Sidcley seria deslocado para o lugar de Coutinho e o time ganharia ofensivamente e defensivamente. Haveria mais força e controle de jogo. Mas...



Foto: Marco Oliveira / Site Oficial

O segundo tempo começou com susto e com Rossetto perdendo a bola de maneira bisonha. Weverton salvou. Na noite fria da Vila, o coração começava a gelar. E os erros de passes aumentaram, como erra passes nosso time, como erra passes nosso time, como erra passes nosso time. Não dá para entender! Erra passes em demasia. Aos 5´ Coutinho dá um pique com a bola e bate na saída de Vanderlei, quase Ederson alcança, mas a bola sai pela linha de fundo.


Aos 11´ viria o lance fatal, deste ponto em diante a "casa" caiu. O Santos trocou bola na defesa do Atlético, Victor Ferraz bateu fraco de fora da área, mas Weverton falhou feio, aceitou e o peixe virou. Já não bastasse a arbitragem tendenciosa, nosso goleiro de seleção falha em um momento tão importante do jogo. Logo em seguida Eduardo Baptista, sacou um dos únicos que não deveriam ter saído do jogo, Lucho Gonzales, que saiu indignado de campo, aplaudido em massa pela torcida, enquanto a mesma torcida vaiava Eduardo Baptista. Incompreensível.


Pablo entrou no lugar de Coutinho. Mas o jogo já era todo santista. Aos 20´ CA entrou na área fazendo fila, mas a fome falou mais alto e acabou tentando cavar um pênalti. Se o árbitro não deu o pênalti claro em Lucho, daria o “cavado”? Jamais! Dois minutos depois veio o tiro final, baile santista dentro da área e gol de Letra em cima do general que caiu sentado antes da bola chegar (?!?!?). Um 3x1 humilhante. 10 minutos de desespero, que tornaram o jogo como “perdido”. Erros individuais. Problemas táticos. E nenhuma chance mais de correção.



Foto: Marco Oliveira / Site Oficial

A esperança de novidades no jogo acabou, e o Furacão era engolido totalmente. O time desandou, parece que de repente todos haviam comido uma refeição estragada, o desânimo se abateu e as forças acabaram. Além disso a paciência da torcida também foi embora. Aos 26´ as esperanças reacenderam, Sidcley cruzou, Rossetto ajeitou e Ederson fuzilou. Dava para buscar ao menos o empate. Mas o time não tinha forças e não tinha banco. Baptista colocou Grafite no lugar de Rossetto. Mas Grafite pouco produziu também, não era jogo para ele naquela altura.


O time morreu de vez em campo. Nikão ainda deu o ar da graça aos 35´quando quase marcou. O Furacão tentou ir para o abafa, mas sem ser objetivo. Pablo logo em seguida quase marcou, mas parou por aí. O jeito foi aceitar que o final seria aquele. A noite acabou mais fria do que o normal. Simplesmente decepcionante! O que me resta é acreditar que algum “coelho” sairá da nossa cartola.


Que algo sobrenatural possa invadir o campo e os jogadores tomarem para si a responsabilidade de fazer algo relevante, de jogarem mais bola, de se dedicarem mais. É um tanto complicado ver a baixa produção de alguns atletas que já foram tidos como essenciais no elenco. O ano não acabou, mesmo praticamente eliminados da Copa do Brasil e da Libertadores, ainda temos o Brasileirão que é o nosso ruralzão. Tá na hora do time se espertar para evitarmos maiores decepções.



Foto: Marco Oliveira / Site Oficial

Não jogarei a toalha, não vou me render, não vou deixar de acreditar que o impossível pode ser possível, como foi no Chile, basta o Furacão se dedicar mais ao futebol. Público total de 13700... !!?? E queriam colocar 40k no Couto?? Pois é Furacão, falam muito, mas na verdade, deixaram de te seguir em toda parte faz tempo. Só os fiéis mesmo, os da vitória ou da derrota, os que te amam mesmo estavam lá e jamais te abandonam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário