terça-feira, 22 de setembro de 2015

Henrique Gaede recusa convite de Petraglia e explica sua decisão.


Através das "Redes" Henrique Gaede explicou sua decisão em recusar o convite feito na semana passada pelo presidente do Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia.

Leia abaixo a carta resposta postada por Gaede:
 
Passada a euforia, e a nova decepção do Atletiba, me ative a releitura da Carta intitulada “Um sincero convite ao candidato de oposição”, escrita por Mário Celso Petraglia, presidente do Clube Atlético Paranaense, e a mim parcialmente dirigida, onde sou convidado a ser o novo “procurador” do Clube na tentativa de um acordo com a Prefeitura.

Se num primeiro momento suas palavras me causaram uma certa surpresa, após contextualizá-las, a surpresa deixou de existir. Explico, é que “não se ensina truque novo a cachorro velho”.


Nosso presidente tem suas convicções, e acredita piamente no seu “projeto”, o qual, ao menos neste momento, não me cabe qualquer juízo de valor.



Assim, voltarei minha atenção apenas à resposta ao seu convite:



1)Nunca me furtaria a ajudar o Clube Atlético Paranaense. Para mim, por motivos óbvios; para outros, não tão óbvios assim. É que paixão não se explica, apenas se vive. Acredito que, dentro de uma nova política do futebol, há espaço para acolhê-la. Não vejo qualquer sentido em renegar esse sentimento, ou gerir um clube de futebol simplesmente a desconsiderando;



2)Receber um convite dessa grandeza seria uma honra, caso não estivéssemos às vésperas de um processo eleitoral que, aliás, ainda não apresenta todas as suas alternativas e variáveis.Poderei sim ser um candidato, como sugere nosso presidente, mas faço parte de um grupo de pessoas que têm ideias de transformação e renovação, e assim é preciso que haja um amplo debate, para que aquilo que for idealizado na campanha possa ser viabilizado durante a gestão. Não tenho qualquer interesse em ser “candidato de mim mesmo”, e muita água passará por debaixo dessa ponte, até que haja uma definição;



3)Mas nem só de paixão vive o homem. É preciso alimentá-la por meio da razão. E é aí que as maiores divergências passam a se apresentar. Não acredito mais na velha política, daquela que não considera a existência de amizades sinceras. Acredito na transformação por meio da transparência nas relações e no diálogo. Como também sou “cachorro velho”,já não tenho mais aptidão para aprender novos truques;



4)Quando me refiro a mudança de interlocução, não é apenas para casos pontuais. É necessária uma mudança da filosofia que promova um reestabelecimento da confiança. Isso infelizmente não pode ser explicado numa resposta que pretende ser objetiva;



5)Se enganam aqueles que pensam que faço parte do time do “quanto pior melhor”. Muito pelo contrário. Quero ver o Clube Atlético Paranaense patrimonialmente consolidado, dando valor ao seu apaixonado torcedor, batendo recorde de público – se possível, renda - e, principalmente, formando times competitivos que nos tragam possibilidades reais de títulos, em todas as competições. Acredito que conseguiremos, pois não pretendo fazer isso sozinho.



Por fim, e quanto às supostas relações de amizade que eu teria junto à Prefeitura, digo que para algumas soluções não bastariam relações de amizade. Independentemente de convicções políticas, sei que se trata de gente séria, que administra a cidade com base em decisões técnicas, e o encerramento natural de um ciclo de gestão é um dos seus importantes balizadores. Sabemos disso, “cachorros velhos” que somos. Exigir um encerramento antecipado desse ciclo não faria justiça à sua história junto ao Clube Atlético Paranaense.



Agradeço ao Presidente Mario Celso Petraglia pela oportunidade de minha manifestação, reconhecendo nele, publicamente, a figura de um grande Atleticano, que já contribuiu muito para com o nosso Clube.



Henrique Gaede
Torcedor do Clube Atlético Paranaense


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