sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O Chupa



Sobre a cama, as camisetas novas, bem passadas, dobradas com fino requinte, contrastavam com a imagem do santinho sobre o criado mudo.
A felicidade estampada no rosto, denotava o alívio que sentia por ter a certeza de uma vitória garantida, premeditada por outras pessoas que desconhecem como as coisas funcionam e como o povo pensa.
Mas pouco importava, quando o sujeito não vê a realidade, acredita em qualquer coisa, até mesmo que Papai Noel existe.
Ele já havia avisado que desfilaria com as camisetas pela cidade mostrando a algumas pessoas sua vitória, mas quem canta vitória de véspera acaba derrotado no dia seguinte.
E como explicar ao “Chupa” (chamaremos assim esse cidadão sem um pingo de noção de como a vida funciona), que antes de comemorar, deveria aguardar o resultado final da disputa?
Gastei muitas palavras durante o último ano, avisando o indivíduo que ele não sairia vitorioso dessa disputa e além de mim outras pessoas, esclarecendo que tudo se devia ao seu comportamento nada social e radical em querer mais atacar outras pessoas do que simplesmente exercer sua função, a função que o povo esperava dele que era o de trabalhar.
O “Chupa” teve meu apoio no passado e com essa bela ajuda conseguiu atingir seu objetivo, mas esqueceu-se das promessas que fez a mim e a muitas pessoas e isso foi fatal. Sem esse apoio, sua carreira acabou entrando em declínio até ser encerrada de forma lastimável.
Em seu caminho de glória, pouco caso fez de meu apoio, achando que sem ele, continuaria a triunfar solenemente.
O “Chupa” se deu mal, perdeu, e terá que dar outro destino para as belas camisetas que fez para nos homenagear após sua vitória que não veio.
Vão aqui algumas sugestões: Se faltar papel no banheiro já sabe ou, pode utilizar como pano de chão ou, pode usar como auto propaganda de sua derrota, ou como cortinas, ou ainda como fronha de travesseiros para sempre ler e lembrar que quem fala “Chupa” é que acaba chupando.
Então caro cidadão e ex-vereador... CHUPA!


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