segunda-feira, 4 de junho de 2018

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QUANDO QUE TUMULTUAR RESOLVE ALGO?

O brasileiro pegou um costume patético de agredir, xingar, reclamar, desrespeitar a tudo e a todos, como se isso fosse resolver os problemas do país e do clube que torce. A ideia estapafúrdia é intimidar, como se realmente resolvesse.

E o pior é que boleiro brasileiro gosta disso, pois se não estão satisfeitos, mesmo ganhando horrores, eles conseguem encontrar um “cristo” para ser crucificado no lugar deles. O povo não se toca de que está na hora é de mudar o “sistema” e não apenas uma única peça.

Até entendo o desespero da derrota e ainda mais ver o time sucumbir por falhas grotescas, mas tentar na força derrubar um trabalho e uma forma de jogar nova, totalmente diferente do futebol brasileiro é falta de esperteza.

Canso de perguntar para todos que me questionam sobre técnicos, “que nome contratar?”, mas sou vencido geralmente pelo silêncio ou por nomes absurdamente piores que Diniz. O mercado está carente de bons e confiáveis nomes e estamos em uma fase de renovação. Tivemos inúmeros nomes de grandes jogadores que passaram por aqui e foram queimados em um curto espaço de tempo, por não renderem o que a torcida esperava logo de cara. Parece que nada serviu de lição!

MUDAR NÃO SIGNIFICA EVOLUIR

Em 1 ano lá se vão 4 técnicos e acontece a mesma coisa sempre, o time joga direitinho e do dia pra noite parece que desaprende.

Sempre defendo a permanência de Diniz por uma questão simples, está na hora de mudar a mentalidade do futebol brasileiro em tudo, principalmente “nessa” de giro de técnicos, pois não agrega em nada mudanças corriqueiras e tanto mudamos que acabamos mais perdendo do que ganhando. 

Imaginem se Guardiola tivesse sido demetido logo de cara pela vontade do torcedor quando os resultados não apareceram. Lembre que ele tinha em mãos um elenco milionário. O que teria sido do City? A paciência e o tempo ajudaram a construir um dos melhores times do planeta.

O JOGO

Confesso que não gostei nem um pouco da saída de Carleto, saída essa que agradou em cheio aqueles que não gostam do jogador e acabou por amarrar o time. Com Carleto tínhamos as melhores jogadas pela esquerda, bolas levantadas na área constantemente, além da bola parada daquele que é o goleador e o líder em assistências do time. Senhor Diniz, o senhor comeu bola nessa, mas também entendo sua vontade de ganhar o jogo a qualquer custo, visto que no confronto contra o Paraná, a torcida encheu o saco pelo time não ter partido com tudo pra cima.

Tivesse ficado no feijão com arroz, trocado Guilherme (sumido) por Raphael Veiga e o time seria mais ofensivo. Poderia até inventar, mas de uma forma mais sensata, migrando Carleto para o lugar de Zé Ivaldo, que poderia ir para a direita, daí faria sentido a saída de Wanderson para a entrada de Bergson. Teríamos Renan Lodi com folego novo e livre para subir constantemente ao ataque, 2 centroavantes e 1 meia fresquinho para ajudar a fazer a bola chegar na área.

Até a saída de Carleto, o Furacão esteve bem em campo e teve mais chances de fazer o segundo gol. Embora alguns tenham contestado a derrota para um time que veio da segundona, esse time do América é “acertadinho”, falo isso por ter visto vários jogos do time no ano. Não podemos nos dar ao luxo de perder oportunidades claras de gol em todos os jogos constantemente.

Na minha opinião, os testes devem ser feitos agora, visando a volta da CB contra o Cruzeiro e a continuidade da Copa Sulamericana. Essa história de dizer que o time está eliminado da CB é balela e já vi times bem piores do Atlético eliminarem outras equipes fora, tendo o resultado adverso.

A REVOLTA

O mais interessante é que quando da vitória sobre o Santos, não vi a torcida em massa elogiar e mandar aquela energia para o grupo. Mas a cada derrota ou empate, fazem aquela procissão nas redes como se o mundo tivesse acabado, como se o time já estivesse rebaixado, fazendo o marketing do contra exatamente em um momento delicado que precisamos reunir forças visando as outras duas competições.

Acredito que Diniz tenha aprendido e muito com os erros e na próxima, ao invés de inventar algo para consertar um equívoco, volte a fazer o simples, o feijão com arroz. Ele tem potencial sim e muito, com o tempo todos me darão razão e colheremos os frutos dessa coragem em insistir nesse trabalho, mas até lá um pouco de paciência não fará mal, pois exatamente a impaciência nos tirou da Liberta de 2018 e nos arruinou na Copa do Brasil 2017. Se tivessem dado tempo para o Autuori, não teríamos despencado tanto no ano passado. O imediatismo desestrutura qualquer sequência.

Já tivemos momentos bem piores com o próprio Autuori em 2016, quando pediam a demissão dele diariamente. O tempo mostrou que o correto era persistir e o Atlético chegou a Libertadores.

Finalizando, nada justifica distribuir nas redes o telefone do técnico do clube, atitude leviana e sem propósito, ou com o propósito apenas de desestabilizar mais ainda o ambiente, pois não adianta insistirem, ele não pode e não deve ser demitido.


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