O frio e até mesmo as geadas são necessários para a dormência da planta; evitando o processo de brotação antes do tempo da videira.
Durante a estação mais fria do ano, diversos são os cuidados necessários para o desenvolvimento da planta de videira. As baixas temperaturas, durante os meses de junho e julho, são favoráveis para o surgimento de geadas e também para que não haja um adiantamento da brotação das parreiras.
“Diante das baixas temperaturas médias que temos em nosso município, as espécies de parreiras plantadas se adéquam muito bem no período de inverno. Pois, durante esse período ela se estabiliza e não sofre nenhuma alteração em seu ciclo de crescimento e produção”, explica o Secretário de Agricultura e Abastecimento, Marcio Toniolo.
Vale lembrar, que somente no período da primavera as plantas iniciam seu processo de crescimento. “As variedades plantadas em Colombo são as mesmas plantadas em regiões mais frias como, por exemplo, no Rio Grande do Sul – que é comum ter temperaturas bem abaixo de 0° graus”, disse Toniolo.
O frio e até mesmo as geadas são necessários para a dormência da planta, ou seja, para que a parreira não entre no processo de brotação antes do tempo, prejudicando futuramente a produção. De acordo com o secretário da pasta, no período de inverno a gema da planta fica estabilizada para futuras brotações – que acontece durante a primavera.
“Hoje, podemos encontrar no mercado produtos para estabilizar este processo, pois não são todos os invernos que registram frio suficiente para estabilizar a planta”, lembra Toniolo.
Em lugares com clima tropical e dependendo da espécie da videira, a produção da planta pode chegar até duas vezes ao ano – devido à brotação pós-período de colheita. Em Colombo, em contrapartida, a uva possui melhor “brics” para produção de vinho, devido ao frio.
“O brics é a quantidade de açúcar encontrada na fruta, quanto maior o brics – melhor o vinho. O trabalho não termina pós-colheita, pois é aí que vêm os cuidados para ao ano seguinte – tanto nas pulverizações quanto nas calagens e conservação do solo”, ressalta o secretário.
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