Noite perfeita! Sempre há uma primeira vez e pela primeira vez na história do brasileirão o Furacão venceu o Vasco no Rio. Mesmo o gramado de Volta Redonda virado num pasto, não foi empecilho para a vitória Rubro Negra. De quebra, o mais gostoso foi poder colocar os coxinhas em seu lugar de direito, um lugar que frequentam constantemente ano após ano, a zona de rebaixamento. Destaco ainda a péssima arbitragem, horrível, mais perdidos que cego em tiroteio, mas ainda bem, não interferiram no resultado.
Mas antes de escrever sobre o jogo, vou mandar um recado ao Eurico: Quando você conseguir colocar um gramado decente no seu estádio ou em estádios que o Vasco seja o mandante, daí sim você poderá falar algo negativo sobre a Grama Sintética. Os gramados do seu clube servem apenas para você pastar, para pratica do futebol, um campo de areia seria mais indicado em comparativo aos campos do seu time.
O bacalhau não assustava e eu já havia dito a um amigo antes da partida. "Dá para ganhar, é só colocar o time certo em campo e saber lidar com a necessidade de vitória do Vasco". Dito e feito! Fabiano Soares colocou o time taticamente perfeito em campo, com a escalação ideal (na minha opinião) e errou apenas na substituição de Nikão. Pablo estava cansado e Nikão é o cara que surpreende. Pela iniciativa de buscar os contra-ataques na parte final de jogo, Nikão não poderia ter saído. O importante mesmo foi a vitória.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
O Furacão é que levou perigo na primeira etapa. Aos 6´ o impecável Rossetto cruzou na cabeça de Ribamar que quase abriu o placar. Era o cartão de visita do atacante avisando que ele estava na área. 15´ e a defesa do Atlético afasta bola após cobrança de escanteio e ela cai nos pés de Nikão em um contra-ataque fulminante, mas na hora do passe Nikão joga nas mãos do goleiro vascaíno, ótima chance perdida. Aos 18´ outro grande nome do jogo e na sua estreia, Pavez sofreu falta cobrada por Nikão, Lucho perdeu chance incrível de marcar.
Grande problema do Furacão eram novamente as finalizações e os constantes erros de passes e Lucho era o que mais errava. Lucho estava bem no jogo, mas os erros acabavam comprometendo o meio Atleticano. Pavez era uma fortaleza, tanto que o Vasco não teve uma única chance no primeiro tempo, e apenas um chute claro a gol. Note que até os 30´ minutos as melhores chances eram do Furacão e sabe porquê? Porque lá “atrás” Paulo André e Pavez eram cirúrgicos, partidas absolutamente perfeitas.
30´, meia hora, foi o tempo que levou o Vasco para dar seu primeiro chute a gol, mas fraco, Weverton segurou fácil. Até o final do primeiro tempo o jogo foi todo do Furacão, não acertava as finalizações, mas era incisivo, insinuante, rondava a zaga vascaína, dominava o jogo, levava mais perigo e esbarrava apenas em erros de passes. Segundo tempo e logo no primeiro minuto, Mateus Vital bateu de longe, a bola quicou e quase enganou Weverton que foi esperto no lance.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Lance inusitado, em cruzamento na área, Thalles e Paulo André se chocam, Weverton joga a bola para lateral, mas ela bate no desatento Cascardo, se não fosse a interferência do árbitro o Vasco teria uma grande chance para marcar. Aos 6´ Lucho bate fraco de fora, mas Martin Silva perde o tempo da bola e se estica todo para defender. O jogo era equilibrado, chances para os dois lados e no instante que o Vasco começava a exercer um certo domínio entrou em cena Ribamar.
15´ minutos, Pablo lança Rossetto que levanta na área, Henrique se atrapalha e a bola sobra nos pés do oportunista Ribamar, gol do Furacão. O Vasco foi com tudo para cima buscando o empate, mas Paulo André em uma partida soberba ao lado de Wanderson, davam conta do recado, enquanto Pavez fazia uma partida sensacional, defendendo, segurando, cobrindo espaços. Embora não estivesse nos melhores de seus dias, Lucho era incansável na parte defensiva. Errava demais no ataque, mas compensava lá atrás.
Aos 19´ o Vasco chegou com Paulo Vitor de fora da área, mas Weverton defendeu. 22´ e saíram Lucho e Ribamar para as entradas de Lucas Fernandes e Gedóz, substituições corretas. A intenção era explorar os contra-ataques. Aos 30´ Ederson entrou no lugar de Nikão, (eu teria sacado Pablo). Sem Nikão, mesmo não rendendo tudo que pode, o Atlético ficou sem o contra-ataque, a bola não chegava limpa na frente. O Vasco não desistia. Aos 38´ Rafael Marques obrigou Weverton a boa defesa após cabeçada dentro da área.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Aos 39´ o Furacão chegou com perigo nos pés de Gedoz de fora da área. O Rubro Negro abdicou totalmente do ataque nos últimos 5 minutos e passou sufoco só se defendendo. Quando o jogo parecia terminar sem maiores emoções, veio o lance que quase pôs por terra o esforço. Henrique pela esquerda bateu cruzado, a bola bateu na trave e no rebote Paulo Vitor encheu o pé e acertou o travessão, inacreditável. O apito final tirou um peso do Atlético, era a vitória tanto almejada para dar um pouco de tranquilidade e colocar os coxas de vez na zona.
Quanto aos jogadores: Weverton fez boas defesas. Wanderson esteve bem e seguro. Paulo André impecável, uma das melhores partidas do zagueiro no ano. Cascardo continua limitado. Sidcley, feijão com arroz, nada surpreendente. Pavez, pela estreia, brilhante. Lucho, não rendeu o mesmo de jogos anteriores, errou passes em demasia. Rossetto um dos melhores em campo, teve lucidez, errou bem menos e esteve mais livre para municiar o ataque. Pablo, batalhador.
Nikão, é um jogador importante, mas precisa estar mais focado, deixa a desejar em lances capitais que poderiam se tornar em gols. Ribamar, volta para buscar a bola constantemente, sabe se posicionar e tem faro para o gol, é oportunista. Gedoz, entrou muito bem, mas mais auxiliou na marcação do que no ataque e deu conta do recado, era quem desafogava um pouco a pressão do Vasco. Ederson e Lucas Fernandes pouco apareceram pela falta de um jogador que municiasse os dois no ataque.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Há muito que melhorar ainda, o time necessita encontrar um padrão de jogo, mas Fabiano já começa a demonstrar que sabe colocar o time taticamente em campo, basta os jogadores ajudarem e desenvolverem um bom futebol para que o esquema flua melhor. De resto, nada como uma vitória para dar ânimo. Próximo jogo é contra o Avaí na Baixada e que seja para alavancar de vez uma reação no campeonato Brasileiro.
Tirinhas Valiosas:
Foi ao ar na segunda no Olho no Lance (clique aqui) uma coluna sobre as 12 maiores folhas salariais dos clubes brasileiros. A disparidade é imensa. Muitos (leia-se opositores de MCP) têm solicitado salários do elenco do Atlético, aos quais não tive nenhum acesso. Brasileiro em matéria de leitura e compreensão é uma desgraça mesmo, além de ser tendencioso. Já havia escrito que conseguindo novos dados a coluna será atualizada e republicada, pois é um trabalho árduo e que leva muito tempo, mas como sempre digo: "Para um homem inteligente, meia palavra basta. Para um ignorante nem mesmo um livro é suficiente"! E tenho dito!
Alguns indivíduos que se dizem Atleticanos (Embora pareçam pakitas revoltadas), tentam desmerecer o trabalho desse colunista e a melhor resposta que posso dar é com números. Um recorde por semana é suficiente para vocês? Os números crescem cada dia. Obrigado leitores pelos quase 800 mil acessos 730 mil no Olho no Lance e 60 mil no Linha de Fundo. São no mínimo 100 mil acessos mensais, quem puder que faça melhor ao invés de desmerecer quem realmente trabalha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário