O Bahia veio com a proposta de atacar para não ser atacado e começou o jogo apertando o Furacão. Com uma escalação diferente do jogo de Santos, o Atlético parecia tentar se encontrar em campo, mas a proposta de jogo continuava a ser a mesma da partida de quinta, toques rápidos, transição em todos os lados do campo e a busca incansável pelo gol. Bonito de se ver. O clube mais europeu do Brasil está cada vez mais europeu e agora é em campo. No futebol moderno isso faz muita diferença.
O Furacão tentava se desvencilhar da forte marcação baiana e ao mesmo tempo sofria seguidos contra-ataques perigosos. Aos 18´ Jonathan se machucou e deu lugar para Cascardo que entrou meio perdido. Até os 20´ minutos nenhuma grande chance de gol para ambos os lados. 20´ e o Bahia sai na frente para gelar o coração Rubro Negro. Cruzamento de Eduardo, desvio de cabeça e gol de Mendoza, que ficou livre para chutar. Mas a sensação era de que vinha muita coisa boa ainda no jogo, bastava o Atlético encontrar o caminho do gol.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial |
24´ o Furacão não demorou muito para encontrar o caminho do gol e na bola alçada por Fabricio na área, Lucas Fernandes tenta de cabeça e Matheus Reis mete a mão na bola, pênalti que Nikão bateu com maestria para empatar o jogo. Membros da organizada aproveitaram o gol para xingar a diretoria e foram alvos de sonoras vaias do resto do estádio. Ao invés de vibrarem e apoiarem o time, ficam com essa continua atitude ridícula que acaba refletindo em campo. O Atlético pressionou, mas com mais cautela e atenção aos contra-ataques baianos.
Furar o bloqueio não estava fácil. Aos 35´ Fabricio aproveitou escanteio e de cabeça quase marcou. Bahia descia com velocidade e quase desempatou aos 37´ em chute de Mendoza. Até o final do primeiro tempo o Furacão apertou, mas não levou grande perigo. Mas no segundo tempo o Furacão voltou com fome de gol. Aos 3´ Guilherme bate falta e Jean faz bela defesa, no rebote Lucas Fernandes perde chance chutando nas mãos do goleiro. No minuto seguinte, cobrança de falta e Tiago cabeceia na trave, quase o segundo do Bahia.
Logo em seguida, aos 6´ Guilherme cobrou falta com maestria enquanto Thiago Heleno chegou de surpresa e cabeceou para virar o jogo para o Furacão. Um belo gol para coroar o time de futebol bonito e envolvente. O Atlético não parou, aos 9´ Fabricio cruzou rasteiro e Ribamar chegou atrasado. Ribamar estava lento o jogo inteiro, perdendo ótimas oportunidades de concluir. Pressão total e aos 10´ Guilherme cobra escanteio e Fabricio aproveita a sobra para enfiar o pé e obrigar Jean a uma defesa espetacular.
Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial |
Tensão no estádio, o General se machucou no último lance, mas ainda assim seguiu no jogo. O terceiro gol amadurecia. Aos 13´ o nome do jogo, melhor em campo, o raçudo Nikão cruza, Éder tenta cortar e coloca contra o próprio gol, explosão na Arena, o Atlético jogava muita bola e encantava o torcedor. Desta vez Ribamar foi importante, acompanhou a jogada e puxou a atenção para si propiciando o erro do jogador baiano. Furacão avassalador chegou com Nikão aos 17´, que bateu cruzado, por pouco não saiu o quarto.
19´ e Nikão novamente bateu falta que passou perto. 20´ Sidcley no lugar de Lucas Fernandes. Furacão diminuiu o ritmo para tomar fôlego e voltou a chegar aos 30´ com Wanderson de cabeça para defesa de Jean. 32´ Thiago Heleno não aguentou e foi substituído por Zé Ivaldo. Mas água mole em pedra dura... 41´ Nikão cruza e Guilherme chega batendo firme, Jean defende e o rebote cai nos pés de Sidcley que não perdoou e marcou o quarto gol para delírio da Baixada. O Furacão passou a tocar a bola aos gritos de olé e saborear mais uma vitória no brasileirão.
Vitória que coloca o Atlético no grupo de classificação da Libertadores. Que belo trabalho do técnico mais questionado dos últimos 3 anos no Furacão e que está surpreendendo o Brasil. Time rápido, boa transição em todos os setores, com Nikão comendo a bola, deitando e rolando na esquerda. Se Ribamar acompanhasse com mais rapidez a maioria das jogadas, com certeza o placar seria maior. Belo futebol apresentado e não é exagero falar que Jean evitou um desastre para o Bahia. Time inteiro de parabéns.
Em tempo: Tirinhas valiosas
Já encheu o saco a atitude de alguns membros da Organizada, além das músicas serem na maioria temáticas a própria torcida, não se ouve mais as antigas que tanto embalavam os torcedores e pouco se entende as atuais, o torcedor não se anima para cantar e acaba puxado coro por si só das antigas. Muita propaganda e pouco apoio. O técnico Fabiano Soares já está sendo alvo de comentários sensacionais a nível nacional. Treinadores já renomados elogiam a forma do time jogar e a maneira como o treinador coloca o time em campo. Paciência as vezes é a melhor arma, é só deixar o homem trabalhar. Mesmo que eventualmente falhe em alguns pontos, ele vai aos poucos conseguindo tirar o melhor do time, mesmo sendo “premiado” com sucessivos desfalques.
Imagem sensacional ao final do jogo, Weverton cedendo um tempinho para fotos com torcedores, na maioria crianças. Ídolo é sempre ídolo e não adianta alguns tentarem modificar isso. Somos o único clube do Paraná que teve um jogador na seleção campeã do mundo e outro na seleção campeã olímpica, fato raro no futebol brasileiro, deve ser motivo de orgulho.
Torcedores coxas enaltecem nas redes o trabalho administrativo do Furacão, cobrando de seus representantes que adotem mesmo modelo de trabalho e organização. Em pensar que no meio Atleticano é que estão aqueles que apedrejam o belo trabalho dessa Diretoria. Simplesmente Atleticanos irracionais e coxas branca conscientes. Quem diria!
Por: Robson Izzy Rock @Robson_IzzyRock
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