Em
sessão ordinária nesta terça-feira (11/4), os parlamentares da Câmara
Municipal de Colombo receberam o secretário municipal da Saúde, Darci
Martins Braga, que apresentou a situação atual da pasta.
Em
sessão ordinária nesta terça-feira (11/4), os parlamentares da Câmara
Municipal de Colombo receberam o secretário municipal da Saúde, Darci
Martins Braga, que apresentou a situação atual da pasta, que se encontra
em “um panorama em que a conta não fecha”, como ele mesmo definiu.
O secretário apresentou números do sistema e as dificuldades para a
contratação de mais médicos para Colombo – segundo ele, o município
oferta atualmente um dos pisos salariais mais baixos da categoria,
dificultando o preenchimento das vagas ofertadas nos concursos públicos
abertos. Além disso, a Secretaria precisou, nos últimos meses da gestão
passada, cortar custos com gratificações de servidores e readequar
cargas horárias de cirurgiões dentistas, obrigando a uma readequação do
sistema.
Os vereadores questionaram sobre a previsão do fim das filas de espera
nos postos de saúde; da previsão da contratação de mais médicos; da
abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Osasco e da
confirmação da condição da unidade do Maracanã à UPA e se isso
garantiria mais recursos à Saúde do Município.
Também repassaram ao secretário casos em que o atendimento à população
nas unidades de saúde foi precário, com falta de serviços básicos, como a
triagem inicial para a classificação de urgência de cada atendimento e
pediram mobilização para que Colombo não se contente em gerenciar a
Saúde com o orçamento que tem, mas em reivindicar mais recursos junto
aos governos estaduais e federal, visto que é o 8º município em número
de habitantes do Paraná.
“Hoje, a Saúde em Colombo tem um servidor na Saúde para cada 240
habitantes. O ideal seria um para cada cem colombenses. Nossa folha de
pagamento é de R$ 5 milhões, o que corresponde a 26% do orçamento do
município, acima dos 15% obrigados pela lei. O que quer dizer que não
gastamos pouco em saúde, mas o que gastamos é insuficiente. Com a atual
crise financeira, tivemos de cortar gratificações, reduzir servidores,
reajustar escalas, o que reduziu o número de consultas”, disse Braga.
Concurso público – Sobre a contratação de mais médicos, o
secretário informou que o primeiro concurso não atraiu concorrentes, por
causa do valor do salário ofertado, na faixa dos R$ 3 mil, abaixo da
média dos demais municípios da Região Metropolitana. Foi então,
realizado outro pleito, simplificado, em que o número de participantes
ficou aquém do esperado. “O projeto de lei que queremos encaminhar para a
Câmara é elevar a média do salário dos médicos para R$ 5,4 mil para ter
profissionais qualificados interessados em atuar no nosso município e,
assim, ter 100% da população coberta”, destacou.
Agentes dentários – Recentemente, a secretaria precisou diminuir a
oferta de consultas a dentistas para poder adequar a carga horária dos
profissionais: estavam atuando por 40 horas, mas, contratados,
oficialmente, em regime de 20 horas, com a carga horária excedente não
regulamentada. “Houve prejuízo de atendimento ? Com certeza, mas não
tivemos escolha. Temos de reorganizar o sistema com os 50 profissionais
que temos, com a economicidade. Vai ter de aumentar o número de
dentistas? Sim. Quando? Quanto pudermos aumentar o orçamento”, disse o
secretário.
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