terça-feira, 12 de setembro de 2017

A verdade sobre Petraglia


No final do mês de agosto o Jornal Água Verde de Curitiba publicou uma reveladora entrevista com Cleon Padilha.

Gostaríamos de disponibilizar o link com a matéria completa, mas como a mesma “estranhamente” sumiu, resolvemos colocar na íntegra todo o texto. 

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Padilha solta o verbo e fala sobre Mario Celso Petraglia e a Arena do Atlético


Cleon Padilha é um desses atleticanos que se orgulha de torcer pelo mesmo time a vida inteira. Nasceu há 10 metros do antigo campinho do Atlético onde hoje se localizada a Arena da Baixada, o estádio mais moderno da América Latina. Na infância Cleon jogava futebol com os amigos no campinho do Atlético, inclusive com Mario Celso Petraglia, que também residiu nas proximidades do clube.

Padilha falou ao jornal Água Verde sobre algumas verdades que estão entaladas na garganta de muitos atleticanos a respeito da construção da Arena e de Mario Celso Petraglia.

Confira a seguir:
 

"O Clube Atlético Paranaense é o clube de futebol que mais cresceu nos últimos 20 anos, graças à sua diretoria e especialmente ao Mario Celso Petraglia. Há duas décadas o Atlético era um mero desconhecido, um time de segunda ou terceira categoria. Vivíamos das migalhas de renda de jogos porque não haviam sócios pagantes.

O time tem duas histórias, uma antes e uma depois do Petraglia. Antes do Petraglia os jogadores do Atlético não recebiam salários, viviam de vales, de chapéu na mão, de renda de churrasquinhos e rifas. Eu posso falar sobre isso porque praticamente nasci vizinho do Atlético, há 10 metros do estádio, e presenciei toda essa transformação da qual estou falando.

E após ver uma trajetória vitoriosa do nosso clube por quase 20 anos, o que mais me chateia é ver pessoas que vem aqui na Arena atirar pedras. Por alguma fase ruim do clube gritam “fora Petraglia”. Uma tremenda injustiça. Essas pessoas não acompanharam a evolução do clube. Não conheceram a miséria em que o Atlético vivia. Naquela época, para viajar para o interior do Paraná, participar do campeonato paranaense, tinham de fazer vaquinha para pagar o ônibus. Os hotéis só recebiam os jogadores se pagassem adiantado as estadias. Era um misere total. Mas o Atlético teve uma iluminação muito grande, foi quando o Mario Celso Petraglia chegou e tomou a frente do clube. Tinha gente na época que apostava que não ia dar certo, considerando os sonhos do Petraglia muito ousados. A esses atleticanos eu chamo de “pessimistas atleticanos”, e quando ele começou a derrubar o campinho entre 1998 e 1999 começou a aparecer muita gente na Baixada, quando viram que estavam demolindo o campinho, tinha mais de mil operários trabalhando na obra, a partir daí começaram a acreditar na ousadia do Petraglia, e a concorrência começou a ficar de cabelo em pé.

A construção da Arena foi uma verdadeira guerra. Contra a construção da Arena se uniram membros da oposição e da situação, e em uma guerra nós sabemos que o pior de tudo é o “fogo amigo”.

Quem viveu aqueles tempos inesquecíveis de início da construção da Arena sabe que foi um inferno porque havia muita gente, muitos setores, torcendo e trabalhando para não dar certo. Tinha denúncias contra a Arena todas as semanas. De 15 em 15 dias o Atlético tinha de paralisar as obras com desculpas e denúncias para ganharem tempo, tentando inviabilizar a obra que deveria ficar pronta para a Copa do Mundo. Chegou ao ponto da então presidenta da República, Dilma Rousseff, vir pessoalmente ao Atlético para saber o que estava acontecendo, tamanha era a oposição ao projeto da Arena.

Tinha políticos que se dizem atleticanos que eram contra a construção da Arena, contra a conclusão do estádio para a Copa. Esta foi uma guerra fabulosa. E não sei se teria resistência para suportar, muita gente não teria resistência para aguentar o que o Mario Celso Petraglia aguentou para construir este estádio. A pressão era tão forte para não sair o estádio que em alguns momentos eu pensei que ele iria sucumbir, mas, prevaleceu o bom senso, e Deus iluminou os atleticanos, e a Arena foi concluída.

Tinha até diretores do clube que eram contra a construção da obra para a Copa do Mundo, um evento que projetou o nome do clube e da nossa cidade na maioria dos países. Foi muito difícil trabalhar quando se tinha tanta gente contra, posição e oposição, mas repito, hoje eu e os atleticanos de verdade sentimos orgulho por termos o estádio mais moderno da América Latina. E no encerramento da Copa veio a valorização da nossa Arena, considerada pela direção como a mais bem organizada e melhor Arena da Copa do Mundo no Brasil.

Até hoje em dia existem setores que não engolem a grandeza da Arena. A imprensa marrom não engole, pois falam até em penhora da Arena, afirmaram que a obra iria a leilão, mas tudo não passa de pessoas mal informadas divulgando informações falsas, tendenciosas. Como é que pode o Atlético Paranaense com um patrimônio de quase 1 bilhão de reais, ter uma alegada – mas não provada – dívida de cento e poucos milhões, e ir a leilão ou penhora. Ora, senhores, isso é raciocínio primário.

Quando é que nós podíamos imaginar que a então Seleção Campeã do Mundo, a Seleção da Espanha, fosse se hospedar na casa do Atlético Paranaense, no CT do Caju? Isso gerou ciúmes para os maiores clubes do Brasil. Quando a Seleção Brasileira saiu daqui, da casa do Atlético, para jogar na África, também gerou ciumeira em vários clubes. Perguntavam por que a Seleção não escolheu os clubes mais ricos do Rio e São Paulo. Foi tanta ciumeira que chegaram a enviar delegações para conversar com o então presidente da CBF Ricardo Teixeira, e ele respondeu numa coletiva de imprensa que ele conhecia vários CTs pelo mundo, e “o CT do Clube Atlético Paranaense é um dos melhores do mundo”.

Estamos assistindo denúncias de algumas arenas construídas para a Copa sofrendo desgastes, denúncias e abandonos. A nossa Arena é a mais saudável, a mais forte de todas, porque foi construída com paixão e seriedade.

Hoje o Clube Atlético Paranaense é conhecido internacionalmente pois o UFC elegeu a Arena como palco de lutas e colocou mais de 40.000 pessoas na Arena, foi o terceiro maior público registrado no UFC, e as lutas foram transmitidas para dezenas de países.

Qual o time de futebol que não gostaria de ter um dirigente com a capacidade e a inteligência do Mario Celso Petraglia? Um homem que enxerga além do seu tempo, acredita e constrói grandes obras para o futuro e não apenas para a atualidade.

Com seu teto retrátil a Arena será palco de grandes eventos nacionais e internacionais, e em todos eles estarão divulgando o nome da casa dos atleticanos, a Arena do Clube Atlético Paranaense, uma obra gigantesca construída com muito sacrifício, suor e sangue, muita persistência, coragem e determinação de um atleticano que escreveu seu nome na história do futebol mundial, chamado Mario Celso Petraglia”.


2 comentários:

  1. Lembro ,como se fôsse hoje: Farinhaque presidente mais ou menos lá por 1986, colocou uma propaganda na Tribuna para que os atleticanos se tornassem sócios, para a construção do farinhacão...eu trabalhava numa multinacional, e tirei uns 30 xerox daquela "proposta" e fui na mesa de todos os atleticanos que conhecia na empresa...Levei estas 30 propostas preenchidas de sócio e deixei na Secretaria do Clube nas mãos do próprio Farinhaque ,em uma salinha de 8 x 4 mts que ficava ao lado do Ginásio....pra resumir 2 meses depois nenhum motoqueiro foi fazer a cobrança das mensalidades na Empresa, como tinha sido combinado com o próprio Presidente...ESTE ERA O CAP quase AMADOR.......Frequentava muito o barzinho dentro do Ginásio, que era "tocado" pelo coxa Pereirinha, bom repórter da época...servia uma ótima carne de onça....bem como, os jogadores do clube almoçavam e lanchavam alí mesmo na parte interna do bar, em mesas simples de madeira e bem asseadas....e não foi nem uma e nem duas vezes que eu presenciei nestas mesmas mesas de refeições, o presidente negociando valores e assinando vales com todos os jogadores , que formavam fila e aguardavam a sua vez....e pra finalizar eu sou do tempo de ir "auscutar com toda clareza", como se fora num teatro, a preleção antes e no intervalo dos jogos, no antigo vestiário que ficava embaixo da velha e inesquecível social que tinha os dizeres "UMA VÊZ ATLÉTICO SEMPRE ATLÉTICO" em homenagem ao memorável Presidente Jofre Cabral e Silva .

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    1. História maravilhosa... entre em contato comigo quero essa história completa, vamos contar ela para a nação Atleticana. Pelo facebook Robson IzzyRock... entre em contato pelo chat do face.

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