POR EMERSON ALVES
Caros amigos,
Depois de um longo verão,
estamos de volta …
Finalmente o ano começou! E
recomeça a nossa coluna “Ripa na chulipa”.
Vamos falar hoje sobre o
Carnaval, essa festa popular que pára o Brasil todos os anos por cinco longos
dias. A palavra Carnaval significa “vale tudo na carne”, ou seja, é um período
onde muitos colocam todos os seus desejos carnais para fora, por quatro dias, e
no quinto, que é a famosa “quarta-feira de cinzas”, se arrependem, põe cinzas
sobre a cabeça, iniciando assim a quaresma.
Mas o que vamos explorar em
nosso texto hoje, não é sobre a alegria do Carnaval, e sim sobre o sonho do
carnaval que se torna pesadelo.
Acredita você, amigo leitor,
que ainda existe racismo no Brasil?
Discriminação pela cor da
pele?
Pois bem, ainda existe sim!
E o que é pior, entre os
próprios negros!!!
Este que vos escreve é um
negro, filho, neto e bisneto de negro e com muito orgulho.
Mas sei que muitos negros tem
vergonha da sua própria cor e gostariam de ser brancos.
A história de Michael Jackson
é a própria realidade de muitos negros. Muitos gostariam de fazer o mesmo que
ele fez, se tivessem dinheiro. Mas a história de Nayara Justino, passa dos
limites da intolerância e da discriminação racial.
Abaixo, segue um vídeo, falando sobre o sonho de uma
noite de carnaval que ela realizou (foi escolhida em um concurso da Rede Globo
para ser a nova Globeleza) e o pesadelo que a tem perseguido até os dias de
hojem sofreu tamanha discriminação e rejeição por uma cambada de acéfalos que a
própria emissora desistiu de continuar as vinhetas do carnaval, dispensando-a.
Em síntese: O racismo está impregnado em todas as camadas sociais.
Quando vemos aquela pintura (A redenção
de Caim) onde a avó negra levanta as mãos para o céu, e a filha mulata (por aí
dá para imaginar que ela se casou com alguém de pele clara!), com o genro
branco e o neto branco no colo, simboliza bem o que muitos negros desejam no
Brasil: Arrancar a pele de cor negra de sua genealogia. Lamentável!
Essa história de cotas serve apenas para
ampliar o abismo entre negros e brancos no Brasil, as cotas para
"afrodescendentes" não pagam a tal "dívida histórica" que o
ex-presidente Lula disse em seu discurso, fazem sim com que pareçamos, em
relação aos brancos, seres inferiores, que necessitam de "ajuda".
A história de Nayara Justino mostra-nos
que não precisamos arrancar da pele a cor negra, necessitamos arrancar o gene
do racismo, do preconceito e da discriminação de nossas mentes e corações.
Assista o vídeo e pense nisso!
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