sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Uma história de racismo: SONHOS DE UMA NOITE DE CARNAVAL


POR EMERSON ALVES

Caros amigos,


Depois de um longo verão, estamos de volta …


Finalmente o ano começou! E recomeça a nossa coluna “Ripa na chulipa”.


Vamos falar hoje sobre o Carnaval, essa festa popular que pára o Brasil todos os anos por cinco longos dias. A palavra Carnaval significa “vale tudo na carne”, ou seja, é um período onde muitos colocam todos os seus desejos carnais para fora, por quatro dias, e no quinto, que é a famosa “quarta-feira de cinzas”, se arrependem, põe cinzas sobre a cabeça, iniciando assim a quaresma.

Mas o que vamos explorar em nosso texto hoje, não é sobre a alegria do Carnaval, e sim sobre o sonho do carnaval que se torna pesadelo.

Acredita você, amigo leitor, que ainda existe racismo no Brasil?

Discriminação pela cor da pele?

Pois bem, ainda existe sim!

E o que é pior, entre os próprios negros!!!

Este que vos escreve é um negro, filho, neto e bisneto de negro e com muito orgulho.

Mas sei que muitos negros tem vergonha da sua própria cor e gostariam de ser brancos.

A história de Michael Jackson é a própria realidade de muitos negros. Muitos gostariam de fazer o mesmo que ele fez, se tivessem dinheiro. Mas a história de Nayara Justino, passa dos limites da intolerância e da discriminação racial.

Abaixo, segue um vídeo, falando sobre o sonho de uma noite de carnaval que ela realizou (foi escolhida em um concurso da Rede Globo para ser a nova Globeleza) e o pesadelo que a tem perseguido até os dias de hojem sofreu tamanha discriminação e rejeição por uma cambada de acéfalos que a própria emissora desistiu de continuar as vinhetas do carnaval, dispensando-a.

Em síntese: O racismo está impregnado em todas as camadas sociais.

Quando vemos aquela pintura (A redenção de Caim) onde a avó negra levanta as mãos para o céu, e a filha mulata (por aí dá para imaginar que ela se casou com alguém de pele clara!), com o genro branco e o neto branco no colo, simboliza bem o que muitos negros desejam no Brasil: Arrancar a pele de cor negra de sua genealogia. Lamentável!

Essa história de cotas serve apenas para ampliar o abismo entre negros e brancos no Brasil, as cotas para "afrodescendentes" não pagam a tal "dívida histórica" que o ex-presidente Lula disse em seu discurso, fazem sim com que pareçamos, em relação aos brancos, seres inferiores, que necessitam de "ajuda".

A história de Nayara Justino mostra-nos que não precisamos arrancar da pele a cor negra, necessitamos arrancar o gene do racismo, do preconceito e da discriminação de nossas mentes e corações.

Assista o vídeo e pense nisso!


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