UM FURACÃO DURO DE MATAR

O Grupo 4 já tem a grande estrela.

A Libertadores já tem seu grande destaque.

Todos os olhos estão voltados para o Grupo 4, o Grupo da Morte.

A noite de quarta foi indescritível, relembrando os velhos tempos de um Furacão poderoso e raçudo. Uma noite mágica. Pena sobrarem 6000 lugares vazios na Arena, dando mostras que o torcedor Atleticano é só aquele mesmo de sempre. Uns 30 mil e olha lá!

Os 15 primeiros minutos de jogo, com certeza, foram os mais lúcidos do Atlético em 2017, com um futebol lindo e envolvente, ditou o ritmo do jogo e não bastasse isso, recheou de emoção o coração de todos os Atleticanos. Nesse momento sentia-se os bons ventos de uma vitória que seria construída com muito empenho e determinação.

Otávio se destacava no meio e mostrava que ninguém estava em campo pra brincar, a entrega era total. Até mesmo o questionado Douglas Coutinho dividia cada bola como se fosse final de campeonato e convenhamos, era uma final. A final, talvez, antecipada do grupo mais complicado, só com time copeiro e consagrado.

A bola na trave de Nikão deixou engasgado na garganta do torcedor o grito de gol.

Sim, eu berrei esmurrei, me entorpeci e me perguntei: Porque não entrou? 

Será que eles estão com a mesma sorte do jogo passado?

E estavam sim, as bolas rebatidas, levantadas, divididas, sempre sobravam nos pés dos urubus.

Empurrado por sua magnifica torcida, que lotou o espaço destinado a ela, o Flamengo começou a gostar do jogo. E que bom que gostou, pois começou a deixar brechas.

Aos 35´ Rossetto cobrou falta, chuveirando na área, e Thiago Heleno, o General, saltou mais que a zaga do Flamengo e no intuito de colocar a bola mais próxima ao gol para algum oportunista, acabou mesmo foi marcando o gol.

A massa Atleticana foi ao delírio, via premiado a melhor equipe em campo e a justiça no placar. O Atlético melhorou empurrado pela torcida.

O segundo tempo começou com o Flamengo dando as cartas mais ofensivo e o Atlético mais recuado. Quase fatal. Aos 2´Guerrero marcou, mas não valeu, estava impedido. As investidas flamenguistas eram perigosas e paravam quase sempre nas belas defesas de Weverton, um monstro no gol do furacão. 

Lucho saiu para a entrada de Gedoz, e um buraco se abriu no meio.

A torcida flamenguista passou a cantar mais alto e até encobrir a torcida do Atlético por vários momentos, que ficou tomada pela apreensão, nervosismo e desconfiança, em vez de empurrar o time.

A trave salvou o Atlético, seguidamente de uma defesa sensacional de Weverton.

O Flamengo dominava o jogo e o Furacão vivia de contra-ataques.

Enquanto o Flamengo abusava das bolas áreas, Thiago Heleno corria e solicitava que Autuori colocasse Wanderson no jogo.

Aos 39`quase o Flamengo empatou e parece que ali o Furacão acordou com 2 ataques em sequência com perigo. No terceiro ataque não deu pro mengo. Bola de pé pra pé até Gedoz finalizar e estufar as redes aos 42. 2x0 dos sonhos.

Mas Furacão sem emoção não é Furacão e 2 minutos depois o Flamengo diminuiu, pra gelar a torcida Atleticana.

O Flamengo foi pra cima, mas a zaga do Furacão em noite inspirada impediu o empate e ajudou o Furacão a abraçar a ponta de vez do Grupo da Morte.

Um jogo inesquecível, nervoso, emocionante...

Uma vitória grande, maiúscula, espetacular...

Nem o Grupo da Morte derruba o Furacão que fica a uma vitória da classificação.

Em tempo:

Furacão em 4 competições e a torcida continua devendo. Meus prognósticos já apontam, não passaremos de 30 mil pessoas na Arena próxima quarta, mostrando que nossa torcida está mesmo diminuindo de acordo com os números da última pesquisa.

Na quinta-feira passada, no programa da AssoCAP eu havia alertado que se nossa torcida não apoiasse teríamos uma invasão de flamenguistas como ocorrido. Se a diretoria tivesse liberado mais 6 mil ingressos para a torcida do Flamengo, teria vendido todos.

Está na hora do torcedor parar de choro e dar sua resposta, o Atlético precisa de você!

O torcedor cobra demais e faz pouco!

Foto: Nikolo Silenoz