sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Torcida do Furacão Aborrecida, Mas do Walter Feliz

Em que Weverton é menos que Walter? Walter foi campeão, fez gol no Atletiba final em 2016 e 16 gols pelo clube. Weverton foi a final da CB e levou o time a 3º no Brasileirão 2013, ajudou a classificar o clube para a Libertadores 2014, foi campeão paranaense em 2016 com defesas espetaculares que o levaram diretamente a goleiro da Seleção na qual, foi o menos vazado e entrou para a história como o único goleiro titular em 100 anos Campeão Olímpico pelo Brasil sendo o herói por aquela conquista ao pegar o último pênalti Alemão. Além disso, suas defesas classificaram o Furacão para mais uma Libertadores.

Mas o verdadeiro herói, que tantas vezes salvou o Atlético de desastres, foi vaiado enquanto seu algoz, que deu ao Atlético bem menos alegrias, foi aplaudido de pé por ter marcado um gol contra o meu amado Furacão. Ingratidão é uma “M”. E isso prova definitivamente que nossa “nova” torcida é esquisitinha. Vibrar com gol adversário?!?!?!?! Nunca esteve no meu script, nunca vibrei, nem mesmo em 96 no gol do Criciúma contra o Furacão que rebaixou o Flu, tão pouco em gols que de alguma forma prejudicaram os coxinhas, porque sou unicamente Atleticano.

Não há espaço para outro clube em meu coração, nem para a Seleção Brasileira da CBF, a qual confessadamente não faço questão de torcer, a não ser que algum atleta represente o Furacão. Lamentável! Esse tipo de torcedor que comemora gol adversário não é verdadeiramente Atleticano. Não vejo Flamenguistas, Corinthianos, Palmeirenses, Gremistas, Colorados e outros, vibrando com um gol adversário, isso só acontece aqui. A esse tipo de torcedor dou o nome de traidor. Lobos em pele de cordeiro ou coxas em pele de Atleticanos. 

Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Do jogo não há muito que comentar, o desapontamento por mais um resultado negativo em casa me desanimou. O time começou bem, a tal posse de bola, várias chances de gol antes do pênalti, uma pressão contínua com quase 70% de posse. Mas o que deu errado? Aos 20´ Gedoz perdeu a grande chance de transformar a pressão em gol e consequentemente desestabilizar o lado goiano. Logo em seguida, em contra-ataque os genéricos abriam o marcador em falha de marcação. A perca do pênalti abalou. O Empate veio aos 31´ em cabeçada de Guilherme.

“Se entrou, não entrou, confere aí, pausa o lance, tenta mais um ângulo” e ninguém sabia precisar, mas o arbitro de linha deu gol em lance praticamente impossível de alguém ter certeza. 1x1. E não demorou para o melhor jogador em campo virar o jogo para o Furacão e entristecer os torcedores do Walter. Aos 41´ Lucho subiu mais e cabeceou para as redes. Me senti aliviado, estávamos a frente do placar e mesmo sabendo dos perigos goianos tinha a fé que com aquele futebol da primeira etapa nada nos tiraria a vitória. Mas entrou em campo o sobrenatural de novo para atrapalhar e com ele o Furacão desapareceu dando lugar a um time apático e desanimado. Foi fatal.

A saída de Lucho destruiu o meio e a entrada de Eduardo Henrique não resolveu (Cadê o Deivid Coquinho? Joga mais). A saída de Gedoz limitou o ataque, o time perdeu força. Os goianos encontraram o buracão rotineiro dos jogos sem Lucho e arriscaram. Aos 37´ Walter empatou, para delírio de sua torcida presente na Baixada. O 2x2 transformou o final do jogo em velório fúnebre, nada deu certo e as vaias tomaram conta. Além de Eduardo Henrique, Weverton era o mais vaiado, um pecado contra um ídolo que possivelmente irá embora. Essa pode ter sido a "gota d´agua" para ele infelizmente. Nosso torcedor pagará caro, futebol não perdoa injustiças!

Em tempo: Tirinhas valiosas

Tá chovendo aí? Aqui não tá chovendo! Estádio com teto retrátil é outra coisa. Um dilúvio lá fora e lá dentro sequinho, que maravilha. O dia foi coberto por nuvens negras que se estenderam até a Baixada e além do resultado negativo trouxeram um dos maiores e mais longos temporais do ano. Mas na Baixada nada de água!

Festa na praça! A torcida organizada juntamente com a oposição da atual gestão, organizaram evento na praça em frente a Baixada com direito a telão em forma de protesto. Apesar de achar que lugar de torcedor é dentro do estádio apoiando o time haja o que houver, a manifestação foi ordeira, nenhum incidente registrado e de quebra a Organizada respeitou o lema “após a festa, limpe a bagunça” e não se furtou de seu compromisso, recolhendo o lixo e fazendo o papel adequado para esse tipo de evento, nesse ponto estão de parabéns.

7.537, Público ruim? Talvez! Mas se analisarmos todas as possibilidades que afetaram a presença da torcida ontem na Baixada, seguramente o público foi de razoável para bom. Botafogo e Grêmio sem problemas de diretoria e torcida, sem protestos, com campanhas melhores, sem dilúvios e coisas extras levaram menos público que o Furacão. Será que a torcida deles diminuiu ou constata de uma vez por todas que torcedor brasileiro na maioria das vezes só vai a campo para ver o adversário e não o time de coração?

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