terça-feira, 21 de novembro de 2017

Furacão Amor Verdadeiro! "Fim" aos Falsos Atleticanos!



Meu pai era Palmeirense/Atleticano, nasceu em Guararapes/SP e desde criança fanático por futebol. Passou parte da infância no norte pioneiro do Paraná e claro, através de seu radinho, o único meio de transmissão, ouvia os grandes jogos dos paulistas. O sinal que chegava no interior do estado eram ondas vindas das rádios paulistas.

O futebol era o passatempo preferido de quase todos. Ir ao estádio era um lazer construtivo e prazeroso. Vitórias, empates, derrotas eram vistas como naturais e não provocavam fúrias e desordens de bandidos desajustados. Claro que existiam torcedores fanáticos, talvez mais do que hoje, mas eram torcedores que jamais se atreviam desmerecer o clube que amavam. Naquele tempo, honrar seu time era honrar a si mesmo. E ao som da voz de Fiori Gigliotti meu pai cresceu palmeirense. Poderia ter escolhido o Santos de Pelé ou o Botafogo de Garrincha, mas se encantou pelo Palmeiras de Ademir da Guia e Djalma Santos.

Em 1968 mudou-se para Curitiba e em pouco tempo flertava com a nova paixão, amor ao primeiro "chute". A fama de time pobre entre os rivais e a chegada de Djalma Santos, além das cores “corinthianas” do Coritiba fizeram com que o palmeirense optasse pelo Furacão. Para aqueles que desconhecem, “os coxinhas” se tornaram definitivamente verdes apenas na década de 70, até então eram alvinegros. E no ritmo de uma doença incurável, seu coração foi contaminado pela paixão em vermelho e preto. O verde palmeirense passou a residir em um canto, apenas por admiração infantil. Suas visitas na Baixada antiga em dias de jogos passaram a serem comuns.

O tempo passou e como bom Atleticano que se tornou, nunca abandonou o clube em nenhum momento. Era um tempo diferente, sofrido, sem títulos, poucas vitórias, estádio quase sempre vazio, mas os poucos que se dedicavam tinham amor abundante pelo time e não se importavam se o time perdia um título, uma partida importante ou um clássico, ele e seus parceiros de estádio não xingavam clube, estádio e jogadores como muitos fazem hoje em dia. Meu pai ficava aborrecido constantemente, afinal, eram muito mais derrotas do que vitórias, mas ele sempre acreditava que no próximo jogo a vitória viria. E no jogo seguinte lá estava ele.

Lembro dos domingos à tarde ou quartas a noite, o rádio ligado e em sua companhia ouvia as fantásticas narrações de Lombardi Jr e sua equipe pela B2 a Rádio gol do Brasil, recheada de grandes craques do jornalismo esportivo como Durval Leal, Carneiro Neto, Carlos Kleina, Sidnei Campos, Foguetinho, Capitão Hidalgo, Josias Lacour, entre outros.

Em 1981, em meio ao Torneio da Morte, ruína financeira, futuro incerto, meu coração começou a bater forte pelo Atlético. Não foi Torcida Organizada ou algum cântico qualquer que me incentivou a ser Atleticano, o próprio Atlético roubou meu coração futebolístico e para sempre. Nunca tive opção 2, nunca torci para outro time que não fosse o Atlético, em meu coração nunca houve espaço para outro clube nem mesmo seleção nacional, isso seria traição.

Nunca me atrevi a desmerecer o estádio ou o meu time de coração só para vê-lo maior. Nunca me importei com a grandeza do Atlético para amar esse clube. Os títulos ou a falta deles não me farão mais ou menos Atleticano e nem mesmo as vitórias ou a falta delas, pois ainda criança que aprendi que ser Atleticano não é para qualquer babaca que veste a camisa e diz ser. Para ser realmente um Atleticano verdadeiro, essa paixão deve estar impregnada no coração, no cérebro e na alma e você jamais deve abandoná-lo. Aqueles que preferem protestos do que apoiar o Atlético dentro do estádio é porque não são e nunca foram Atleticanos verdadeiros. Aqueles que xingam e vaiam seguidamente nunca foram Atleticanos verdadeiros. Aqueles que xingam e agridem outros Atleticanos, esses são os piores de todos, são "coxas" em pele de cordeiro.

Cansei desses modinhas disfarçados de Atleticanos. Coxinhas e paranistas disfarçados de Atleticanos. Corinthianos, flamenguistas, palmeirenses, são paulinos, disfarçados de Atleticanos. Chega desses modinhas de redes sociais, chega de torcedores só de vitórias e títulos, torcedores de torcida, torcedores políticos, chega desses torcedores de "M" que acham que para ser Atleticano tem que estar lá no meio deles cantando com eles, um bando de bastardos que saíram das fraldas agora e querem determinar o que o Atlético deve ou não ser.  Nunca viveram o Atlético verdadeiramente e intensamente para saber o que realmente é amar esse clube.


Vamos eliminar todos os vermes que rondam as redes, nosso estádio, nosso clube. Vamos pôr fim a essa era de torcedores lixo, que xingam nosso sagrado estádio, que xingam clube, que vaiam o time quase sempre, que desmerecem tudo constantemente. Chega de vermos vândalos no estádio e em torno dele, vermes que xingam Atleticanos, que agridem, que ameaçam, que tornaram o estádio e os arredores uma praça de guerra.

CHEGA DE FALSOS ATLETICANOS!

O ATLÉTICO PRECISA APENAS DOS VERDADEIROS APAIXONADOS ATLETICANOS!


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