Secretarias de Meio Ambiente e Obras e Viação recebem o cronograma das ações que serão desenvolvidas nesta primeira etapa.
Aconteceu nesta terça-feira, 09, a entrega do cronograma das ações que serão desenvolvidas pelo Plano Municipal de Drenagem – nos próximos 300 dias, de acordo com cada etapa. “O horizonte de planejamento do Plano será para os próximos 20 anos”, explica o Secretário de Meio Ambiente, Evandro Busato.
A ação visa caracterizar as causas das inundações, ou seja, – o transbordamento das águas de um curso, atingindo a planície – ocorridas no município, principalmente, em períodos de fortes chuvas. “Almejamos reduzir progressivamente a frequência, a intensidade e a gravidade das ocorrências de alagamentos e inundações nos bairros”, ressalta Busato.
Além de apresentar propostas de ações estruturais e não estruturais de intervenção direta e indireta do Poder Público no controle de cheias, – nos horizontes de curto, médio e longo prazo.
O Plano de Trabalho será acompanhado e fiscalizado por uma Comissão de Acompanhamento Técnico (CAT), e atuará em conjunto com a empresa contratada na elaboração do Plano Municipal de Drenagem, cuja designação foi editada por meio de Portaria com técnicos da Secretarias de Meio Ambiente e de Obras e Viação.
Bacias hidrográficas
Vale ressaltar, que no cenário Estadual, as águas do município pertencem a duas grandes bacias hidrográficas: parte das águas desloca-se para o norte (Bacia do Ribeira) e outra parte para o sul (Bacia do Alto Iguaçu). Já ao Sudoeste do município encontra-se parte da Bacia do Canguiri, a única bacia protegida por Área de Proteção Ambiental, a APA (Áreas de Proteção Ambiental) do IRAÍ.
A hidrografia municipal é constituída por cinco bacias hidrográficas principais, sendo elas: Bacia do Pardo com 76,6 km²; Bacia do Palmital com 76,3 km²; Bacia do Atuba com 33,8 km²; Bacia do Canguiri com 7,7 km²; e Bacia do Barigui com 3,6 km².
Chuvas intensas e os prejuízos
As chuvas intensas acarretam em grandes prejuízos ao município: destruição de pontes, travessias, galerias, bocas de lobo, ocasionando transtornos à população, edificações e equipamentos públicos. Além de danificar o sistema viário e a pavimentação asfáltica. Formação de erosões e alagamentos, principalmente, na região sudoeste, área urbana.
Com os danos causados há um esforço constante por parte da Secretaria de Obras e Viação em conjunto com a Diretoria de Saneamento da Secretaria de Meio Ambiente. “Sobretudo na elaboração de projetos básicos para a aprovação em órgãos ambientais competentes e a contratação de obras visando possibilitar a solução deste tipo de problema. Minimizando assim, os transtornos à população, edificações e aos equipamentos públicos”, afirma Busato.
Áreas críticas
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente, as áreas críticas de alagamentos estão em áreas urbanas consolidadas e os registros dos eventos são de mais de cinco anos. Os bairros que mais sofrem com histórico de alagamentos são: Atuba, Campo Pequeno, Das Graças, Fátima, Guaraituba, Guarani, Maracanã, Mauá, Monza, Osasco, Palmital, Rio Verde, Roça Grande, Santa Terezinha e São Gabriel.
Mapeamento das áreas críticas
Os técnicos da Prefeitura juntamente com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil – cadastra as situações de risco existentes no perímetro urbano e em seu entorno, associados a eventos críticos recentemente ocorridos ou com vulnerabilidade a ocorrer no futuro.
“Quanto ao acervo e base de dados do município, quase tudo está disponibilizado em documentos físicos, de forma não sistematizada, havendo notória carência de material gráfico, principalmente em meio digital”, ressalta Busato
A falta de dados geotécnicos, levantamentos topográficos e planialtimétricos da cidade, cadastramento das bacias e sub-bacias de contribuição, levantamentos das áreas permeáveis e impermeáveis, estudo da eficiência das galerias existentes, mapeamento das áreas críticas, prejudica a concepção planejada da cidade.
“Devido a estes fatos, e com o crescimento populacional, surgimento de novos bairros e da expansão da urbanização, o município vê de forma primordial a elaboração do Plano Municipal de Drenagem”, afirma o secretário de Meio Ambiente.
Confirma a metodologia de execução do Plano que envolverá as seguintes ações: – Levantamento de informações básicas a partir dos dados existentes; – Levantamentos topográfico e hidrológico em campo; – Análise e diagnóstico da situação atual; – Recomendações de intervenções imediatas (ações de curto prazo); – Proposta de ações prioritárias; – Proposta de ações sistemáticas; e – Elaboração de Anteprojetos (áreas críticas).
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