segunda-feira, 9 de abril de 2018

FURACÃO CAMPEÃO COM REQUINTES DE CRUELDADE

DA PRIMEIRA POSTAGEM AO TÍTULO 
 

Lembra da primeira postagem que fiz sobre o rural? Vitória de 2x1 sobre o Maringá. Muitos me xingaram, mas não deixei de acreditar na minha intuição. Lembro ainda de todas as reclamações contra Tiago Nunes, diziam que era incompetente para o cargo de técnico, enquanto eu o defendia por conhecer seu trabalho. Reclamavam que o time era fraco, que esse ou aquele jogador não servia para o time e etc. O título daquela postagem foi, O FUTURO CAMPEÃO VENCEU O 1º JOGO DE 2018. A foto de Deivid, com a chamada SEREI CAMPEÃO, provocou revolta em alguns. Quem estava com a razão? Novamente EU! Minha intuição não falha! 

MINHA HISTÓRIA DA FINAL 


Nós Atleticanos temos o dom de sofrer de alguma forma com o Furacão. Minha história desse título ficará eternizada na memória. Ao invés de descrever o jogo, vou descrever minha experiência de Atleticano fanático, em uma final Atletiba. 


Qualquer Atleticano sabe o significado de TPA (Tensão Pré Atletiba). Meu surto de TPA se arrastava há alguns dias, desde o 1º jogo da final. Almocei e me preparei para ir ao estádio. Mas a saúde da minha filha freou minha ida à Baixada e mudou minha rota bruscamente. Tentei contornar a situação, e essa tentativa foi atrasando minha ida ao estádio. Quando me dei conta, já estava na estrada a caminho de um hospital, enquanto a bola começava a rolar. Nessa correria, a ansiedade tomava conta do meu coração duplamente. Sensações que só a família e o Atlético podem provocar. 


O narrador já elegia Wilson o melhor em campo e nada de gol. Consegui ouvir 25 minutos de jogo, desliguei o rádio, descemos do carro e entramos em busca de atendimento. Enquanto acompanhava minha filha na espera pelo atendimento, retirei o celular do bolso para ouvir a RadioCAP, mas eis que por um lapso de memória em virtude da tal TPA, eu havia esquecido de carrega-lo e vi sua bateria encerrar minha expectativa de acompanhar o jogo ali, na sala de espera. O que fazer? Tensão ainda maior! E finalmente o nome dela foi chamado. Enquanto ela recebia o primeiro atendimento, eu “fugi” para o carro. Liguei o rádio, eram 44´ e o placar zerado me deixou mais tenso ainda. Para quem precisava de 2 gols, primeiro tempo parando em Wilson, não era nada bom. 


Mas eis que meus receios são interrompidos pelo narrador anunciando que Bruno Guimarães atropelava a zaga coxa, enquanto ao fundo a torcida vibrava em êxtase. Não precisei ouvir a narração de gol para comemorar, a torcida ao fundo denunciava. Era o gol do Furacão aos 47´ do 1º tempo. Uma sensação de alivio instantâneo tomou conta de mim, enquanto o árbitro apitava o final da 1ª etapa. Fico sabendo então da transmissão “pirata“ que de “pirata” nada tinha, e que a mesma estava sendo interrompida. Desliguei o rádio, corri para a sala do hospital acompanhar minha filhota. Parecia tudo estar sob controle, mas haveria um tempo ainda de sedativos, remédios, observação e recuperação. Que tensão! Na salinha apenas uma tv sem volume com o jogo dos paulistas. 

Situação controlada, o 2º tempo já havia iniciado e corri para o rádio do carro. Que sorte, nem bem ligo o rádio e Ederson crava a 2ª bola nas redes. Meu coração quase saltou pela boca de alegria. Vibrei ali mesmo sozinho, em meio a um povo passando na rua sem saber porque eu explodia solitariamente dentro do carro de emoção. Então fiquei nessa toada, corria para o hospital, retornava para o carro. E sempre prestando atenção nos fogos, que claro, peguei como um sinal de que algo poderia estar acontecendo. Enquanto nada ouvia, me mantinha sob controle e enquanto me mantinha sob controle de torcedor, podia também dar atenção a minha filha. Ambas as emoções caminharam juntas até quase o fim do jogo. 


Na volta para casa, pude ouvir os 10 últimos minutos sem interrupção. Em meio a Linha “Verde” ouvia a torcida festejar ao apito final e sob o hino do Clube Atlético Paranaense, o narrador gritar, Furacão Campeão 2018. Não pude estar presente no estádio como gostaria, mas vivi mais uma final daquelas, que só um Atleticano apaixonado vive. Quis o destino que “minha” final fosse assim, mas nada tirou o brilho e a alegria que passei. Sou Campeão Paranaense 2018 e isso me basta! Haja coração!

SORTE 


Nos dois últimos Atletibas disputados na Arena, os coxinhas escaparam milagrosamente de duas goleadas históricas. Ano Passado pelo brasileirão, 4 bolas na trave além do pênalti desperdiçado. Agora na final, 3 bolas salvas em chutes a queima roupa e em cima da linha. Inacreditável! Que sorte a deles! 


A TRANSMISSÃO 


Imaginem todos achando que tem o direito de fazer uma “live” dentro da sua casa e ainda falando que você está impossibilitado pelo “sistema”. Incompreensível! Você, dono de sua casa, sem contrato com ninguém, a casa é sua, os móveis são seus, o terreno é seu e de repente, alguém que é dono do restante da quadra, se acha no direito de te tirar o direito de fazer uma “live” na sua própria casa! Se o mando é do Atlético, o estádio é do Atlético, a final é do Atlético, a torcida é do Atlético e o Atlético não estabeleceu contrato com ninguém, o Atlético tem que ter direito a própria marca! Caso tivesse vendido o campeonato e seus direitos para algum grupo, não questionaria. Acontece que quase todos da mídia paranaense, da FPF e de algumas redes de tv, se acham donos do Atlético, acham que mandam, mas não mandam nada! MCP está certíssimo, VAMOS BATER DE FRENTE COM QUEM QUER QUE SEJA, pois, o Atlético não pertence a “eles”, o Atlético é nosso!


MÍDIA, FPF e ARBITRAGEM 


Já não é mais novidade que a mídia de “fora” enaltece e valoriza o Atlético, muito mais do que a nossa falida mídia local. Não é novidade que a retransmissora da Globo há muito tempo está revoltada com o Furacão. Mas se a “retransmissora” acha tão importante um contrato com o Atlético, por qual motivo não melhora as bases contratuais? De graça ninguém vende nada e o valor oferecido de R$ 600 mil é uma tentativa de “homicídio” das mentes Atleticanas. “Vocês” deixaram o bonde passar e perderam a grande chance de segurar algo que fará falta para o futuro de “vocês”. Quem viver verá! 


A FPF mantém seu ranço com o Atlético, isto porque existem denúncias já comprovadas de diversas irregularidades. Que tal colocarmos um fim de uma vez por todas na FPF? Que tal nos livrarmos de uma entidade que suga os clubes mensalmente e não contribui em nada para melhora do esporte no estado? Que falta faria a FPF hoje? 


Na sexta comentei sobre a arbitragem e segundo torcedores presentes no estádio, novamente a arbitragem foi tendenciosa e unilateralmente coxa. Vergonha! Mais de 50 anos vivendo esse tipo de situação e nada muda na FPF! Quando teremos uma lava jato na entidade? Porque Kleber bateu deliberadamente sem ser advertido?


DEIVID 


Deivid, o capitão que sofreu em 2017, em virtude de uma séria lesão, mas que deu a volta por cima para erguer o 1º troféu de campeão na nova Arena. E jogou muita bola nesse campeonato! Se Deivid estivesse presente no 1º Atletiba da final, com certeza não teríamos sido derrotados. Sei da sua história de dedicação e força de vontade para superar até mesmo as críticas desnecessárias em momentos de luta pela recuperação. Deivid merece um reconhecimento maior do torcedor, pois foi um dos comandantes da piazada que deitou e rolou nesse campeonato. 


FURACÃO CRUEL 


Cruel com a mídia regional e nacional, cruel com os coxinhas, cruel com a FPF! Contra tudo e contra todos! Esse título foi conquistado com requintes de crueldade, mostrando definitivamente quem aqui está à frente do seu tempo, quem pensa no futuro e quem está colhendo o que plantou no passado. O Atlético tem um futuro grandioso pela frente, cada dia mais evidente, basta só seu torcedor largar de “manha“ e começar a jogar junto com o clube, acreditando que em breve terá muito mais o que comemorar. A não ser que queira se juntar ao coxa e ao paranito, mas daí fica a cargo de sua consciência de torcedor, existem caminhos sem volta! Não é fácil sair do fundo do poço quando bem se entende!


Melhores momentos

Gols



Um comentário:

  1. Parabéns novamente Robson. Excelente sua análise. Como falamos ontem: CONTRA TUDO E CONTRA TODOS. Como em outros anos, principalmente na construção da Arena para a Copa.Para lavar a alma. Uma excelente recuperação para sua filha. Também quero enaltecer o nosso Deivid. Que garra. Que caráter. Esse veste nosso manto sagrado, como diz o hino: POR AMOR!!!!Já faz parte da história do nosso Furacão.

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