terça-feira, 3 de abril de 2018

CALE QUEM TE CALOU! 40 MIL NO CALDEIRÃO JÁ!



Temos “2005” motivos para lotar a Baixada.

Nosso estádio tem capacidade para 42.370 pessoas.

Timemanias esgotadas em poucas horas e fila para compra de ingressos, espero que esgotem toda a carga. Por isso não espere mais, corra e garanta o seu. Você tem até as 15 horas de quarta para adquirir o seu ingresso.

Cabe também ao sócio não deixar sua cadeira vaga na Baixada, em hipótese alguma.

Temos 2 jogos, contra os bambis e coxinhas, para superar as galinhas pintadinhas. 2 jogos para a quebra de recorde de público da Baixada. Chegue atrasado se preciso for, chegue no 2º tempo se preciso for, mas vá para a Baixada.

Não queremos que a marca continue nas mãos da 3ª força do estado. Chegou a nossa chance de mostrar quem manda na Baixada.

2005 motivos para lotar o Caldeirão!
 

Tensão, mobilização, sacanagem, corrupção, ladroagem, picaretagem, assim foram as finais da Libertadores de 2005. Não era um bom time tecnicamente, mas era o mais “raçudo” das Américas. O Brasil inteiro sabia disso, o Brasil inteiro se uniu a nós Atleticanos diante de tanta covardia. O Atlético levantou arquibancadas metálicas para alcançar o número mínimo de público exigido para aquelas finais, conseguindo inclusive os laudos de liberação, mas numa canetada histórica, nos tiraram a chance de decidirmos em casa nossa primeira final de Libertadores. Nossa torcida se mobilizou e se deslocou para Porto Alegre em número espetacular. Foi épico, mesmo com o gosto amargo da derrota fora de campo! 

Entenda o caso:

A verdade sobre a Copa Libertadores 2005 - Vergonha internacional


No dia 6 de julho de 2005, o Furacão disputava pela primeira vez uma decisão da Libertadores. Uma data que poderia ser lembrada com alegria pela torcida rubro-negra, se não fosse também o marco de uma das maiores injustiças da história do futebol sul-americano. Em uma campanha épica, o Furacão superou a incredulidade geral e garantiu uma vaga na decisão. O adversário seria o São Paulo. Nunca duas equipes do mesmo país haviam chegado à disputa final pelo maior título do continente. Mas, num golpe baixo, o adversário manchou de forma vil e para sempre esse momento marcante do esporte nacional.

Vítima de uma manobra de bastidores, o Atlético foi impedido de jogar em seu estádio. A Arena da Baixada, o estádio mais moderno e seguro da América do Sul, foi vetada para a decisão. E o Furacão, obrigado a atuar como mandante no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Uma trama que comprometeu ética e esportivamente a disputa, tornando-a injusta e desigual. 

Documentos e fatos comprovam que a Arena estava adequada ao regulamento da Libertadores. E que deixam claro como a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) agiu deliberadamente para beneficiar o São Paulo.

Trajetória

A primeira fase foi superada com muito sofrimento, em um grupo que tinha também Libertad (PAR), América de Cali (COL) e Independiente Medellín (COL). Mas a partir das oitavas-de-final, o Furacão engrenou. Passou pelo Cerro Porteño (PAR). Eliminou o Santos, de Robinho, então campeão brasileiro. E garantiu a vaga na decisão em um emocionante duelo contra o Chivas Guadalajara, do México.

O goleiro Diego, o lateral Marcão, os meias Fernandinho e Fabrício e os atacantes Lima e Aloísio foram algumas das principais e decisivas peças do time atleticano, comandado pelo consagrado técnico Antônio Lopes.



Desespero

Terminado o primeiro confronto das semifinais contra o Chivas, vencido pelo Atlético por 3x0, provando a força do Caldeirão, um problema começou a tirar o sono dos rubro-negros. O Regulamento da Taça Libertadores exigia um estádio com capacidade para 40 mil pessoas para os jogos da decisão e todos sabiam que a Arena não comportava este número.

Mas ainda era cedo para tomar qualquer atitude. Afinal, faltava a partida de volta, no histórico estádio Jalisco, em Guadalajara, e qualquer movimentação no sentido de preparar a Arena para a grande final poderia ser encarada como menosprezo à equipe mexicana e surtir efeito negativo em momento tão importante para o CAP.




O rival local, porém, já mostrava todo seu desespero diante da possibilidade do Furacão se tornar campeão da América. No dia 30 de junho, momentos antes de o CAP entrar em campo no México, o Coritiba enviou ofício à Federação Paranaense de Futebol (FPF), negando a cessão do estádio Couto Pereira. 

O CAP jamais solicitou o empréstimo do campo rival. Apenas especulações da imprensa aventavam a possibilidade de a final ser disputada no Couto Pereira. O Coritiba, porém, se antecipou a qualquer pedido, alegando que o estádio, que já recebeu públicos superiores a 60 mil pessoas, não tinha então a capacidade de 40 mil torcedores, exigida pela Conmebol.


Coerência?

Assim que o CAP garantiu a vaga na decisão, a diretoria rubro-negra iniciou uma batalha para garantir que a partida fosse disputada na Baixada. No dia 1.º de julho, o CAP enviou ofício à Conmebol indicando a Arena como local da primeira partida da final, marcada para o dia 6 subsequente.


 

A expectativa era de uma postura compreensiva e coerente por parte da entidade. Afinal, o próprio presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, havia apontado o estádio rubro-negro como o mais moderno e seguro do continente, quando visitou pessoalmente Curitiba, inclusive sendo agraciado com o título de cidadão honorário.

Diversas finais de Libertadores já foram disputadas em estádios com capacidade inferior à da Arena. Só para citar dois exemplos nacionais, o Palestra Itália, em São Paulo, e São Januário, no Rio de Janeiro, que jamais comportaram com segurança 40 mil pessoas, principalmente levando em conta os padrões utilizados para determinar a capacidade da Arena, então avaliada em 25.412 expectadores.

Diante da resposta negativa da Conmebol, só restava uma alternativa: adequar a Arena ao regulamento, elevando a capacidade do estádio para 40 mil pessoas, em apenas quatro dias. Impossível? Não para o Atlético Paranaense e sua torcida.


Atitude 

Ainda em 1.º de julho, o CAP finalmente chegou a um acordo com o Colégio Expoente, então locatário do terreno ao lado do estádio, e contratou uma empresa para construir no local uma arquibancada metálica para 16 mil pessoas, ampliando a capacidade da Arena para 41 mil torcedores. A empresa escolhida para a obra foi a Orpec Engenharia, uma das mais conceituadas do Brasil.

Estrutura semelhante às usadas em jogos de vôlei de praia, corridas de Fórmula 1 e até mesmo jogos de futebol, como ocorreu no estádio Bruno José Daniel, em Santo André, na mesma edição da Libertadores.





A contratação da empresa e o acordo com o Expoente, porém, só foram fechados após o CAP receber da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a garantia de que o estádio seria confirmado, caso os laudos que atestassem a segurança das novas arquibancadas fossem entregues até o dia 5 de julho. É o que mostra ofício assinado pelo diretor técnico da CBF, Virgílio Elísio da Costa Neto, e enviado ao CAP, no mesmo dia 1.º de julho.

Mobilização

Desde o momento em que o Furacão garantiu a vaga, a torcida rubro-negra começou a formar uma imensa fila ao redor da Arena, em busca dos ingressos para a decisão. E foi nas ruas que circundam a Baixada que muitos viveram alguns dos momentos mais intensos e emocionantes da história atleticana.


Logo na manhã do dia 2 de julho, o muro caiu. Não havia mais divisão entre a Baixada e o terreno necessário para a conclusão do estádio. E logo começaram a chegar os caminhões com o material para a construção da estrutura metálica. Não foram poucos os atleticanos que ajudaram a carregar nos ombros os andaimes, fundações e tábuas que formariam as novas arquibancadas. 

O São Paulo usava toda sua força nos bastidores, para impedir a realização da partida na Baixada. Afinal, o clube paulista é um notório freguês do Atlético Paranaense na Arena da Baixada, estádio em que jamais conseguiu uma vitória. E o poder político do tricolor junto à Conmebol não é nada desprezível. O próprio presidente Leoz já havia declarado, em mais de uma oportunidade, que quando estudou em São Paulo na sua juventude havia se tornado ferrenho e fanático torcedor do time do Morumbi!


Decepção

O impasse, a tensão e a expectativa duraram dois dias. Boa parte da imprensa nacional foi solidária à luta atleticana. Tostão, craque da seleção de 70, apontou em sua coluna a injustiça que seria afastar o CAP de sua torcida. Até mesmo Milton Neves, notório desafeto da torcida rubro-negra, considerou “uma sacanagem” a tentativa de impedir o jogo na Baixada.


Nos bastidores, a diretoria rubro-negra buscava a ajuda dos políticos paranaenses. Porém, ninguém se dispôs a mover um dedo sequer para pressionar os dirigentes da Conmebol para que não tirassem a partida de Curitiba e do estado do Paraná. Inclusive o então governador Roberto Requião, que se diz atleticano, foi procurado, mas preferiu não se envolver.

Enquanto isso, a nova arquibancada crescia e no dia 4 de julho tudo estava pronto e a Arena, plenamente adequada ao regulamento da Libertadores. O CAP apresentou, dentro do prazo solicitado pela CBF, os laudos do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e do Corpo de Bombeiros, atestando a nova capacidade da Arena e a segurança das arquibancadas metálicas.

Em reunião realizada em Assunción, no Paraguai, depois de horas de “chá de banco”, com a Conmebol negando-se em princípio atender a direção do CAP, o clube apresentou todos os laudos, atestados, fotografias e comprovantes das instalações adequadas ao regulamento.




Mas eles foram ignorados pela Conmebol, numa prova de que o famigerado item do regulamento foi usado apenas como pretexto para a defesa de outros interesses. Ao CAP foi transmitido, através do secretário executivo Francisco Figueiredo Britez: “La decision está tomada. Son ordens superiores. Ou el Paranaense juega em Porto Alegre, ou que procure la justicia”.

Com a ameaça de ser rebaixado de divisão, de perder todos os registros de seus jogadores e colocar em risco definitivamente o futuro do CAP, a diretoria resolveu naquele momento ser prudente e cedeu à pressão feita pela Conmebol. O jogo foi mesmo confirmado para o Beira-Rio, em Porto Alegre, a mais de 600 quilômetros de Curitiba. 

Na capital gaúcha, a diretoria atleticana foi recepcionada pelo governador Germano Rigotto, em jantar no Palácio Piratini. Na ocasião, Rigotto questionou ao presidente Mário Celso Petraglia: “Como os paranaenses deixam isso acontecer? Jamais cometeriam este absurdo, esta injustiça com o povo gaúcho. Faríamos outra revolução e não tirariam o jogo dos nossos estádios”.



Desfecho

Com o CAP impedido de atuar na Arena e sem condições de igualdade para a disputa da decisão, a Libertadores de 2005 teve o desfecho para o qual a Conmebol trabalhou e seu presidente sempre torceu. Após um empate em 1 a 1 no campo neutro do Beira-Rio, o São Paulo pôde contar com a força de sua torcida no jogo da volta, em sua casa.

No dia 14 de julho, no Morumbi, o CAP saiu perdendo, teve a chance de empatar numa cobrança de pênalti, mas desperdiçou a oportunidade e acabou derrotado. O tricolor paulista conquistou seu terceiro título continental e carimbou o passaporte para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, quando venceu o Liverpool, da Inglaterra, e sagrou-se tricampeão do mundo.

Na véspera da primeira partida da final, as obras estavam concluídas e a Arena, adequada ao regulamento da Taça Libertadores.


Outra prova de que tanto apego da Conmebol a um item do regulamento foi mesmo de ocasião foi dada no ano seguinte. Pachuca, do México, e Colo-Colo, do Chile, fizeram a final da Copa Sul-Americana de 2006. O regulamento era o mesmo da Libertadores, mas o primeiro jogo da decisão foi disputado no Estádio Hidalgo, em Pachuca, com capacidade para 30 mil expectadores.

A abertura da Copa do Mundo 2014, no estádio do Corinthians, teve as mesmas arquibancadas móveis "rejeitadas" pela Conmebol em 2005. Mais um componente que comprova a incoerência técnica na decisão exclusivamente política da Conmebol em 2005.

 

 Fonte: Blog do Furacão





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