segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Furacão Bisonho Contra o Genérico Mineiro

Fui para a Baixada certeiro da vitória. Nos corredores deparei-me com Alcy Vieira, Atleticano de décadas, nota-se pelos cabelos grisalhos. Mesmo oposicionista a muitas de minhas opiniões, sempre prezou pela fineza de comentários éticos e educados e claro, já tivemos debates acalorados, mas dentro de uma educação exemplar. Grande Alcy Vieira, pessoa de finesse exemplar que estava acompanhado de seu filho. Não o conhecia pessoalmente e tenho prazer em conhecer grandes Atleticanos que são exemplo para os mais novos, principalmente nos quesitos ética, respeito e educação. 

E ali mesmo já “dissecamos” o Furacão da noite. Previmos a tragédia já por aquilo que chamamos de “invenção”. Estamos disputando uma vaga na Libertadores e qualquer coisa que saia fora do plano de jogo, acaba por tirar o time dos trilhos e foi isso que ocorreu. As saídas de Nikão, Gedoz, Sidcley e Lucho me preocupavam. A saída de Lucho me deixou pensativo. O time iria atacar com uma formação totalmente diferente dos últimos jogos e deixaria aquele buracão no meio convidando o Galo para passear. Não deu outra.

Enquanto isso, lá fora, a Organizada fazia sua manifestação desta vez, aparentemente ordeira, mesmo ouvindo algumas "bombas" explodirem, ainda assim alguns relatos diziam que tudo corria bem. Não sou contra manifestos populares, sou contra a vandalismos, agressões e atitudes desnecessários, no mais, o povo é livre para dar sua opinião. 
Em campo o time começou bem. Até os 20 minutos o Furacão dominou amplamente. Pablo dividia todas e roubou 3 bolas fantásticas, proporcionando ataques fulminantes, mas não aproveitados pela falta de pontaria. 

Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Aos 6´ confusão na área e Pablo tentou dominar, mas a bola escapou, a zaga do Galo afastou. Aos 9´ Rossetto fez bela jogada, mas Ribamar “dormiu” e a tabela não saiu. Aos 11´ Lucas Fernandes ganhou presentão, invadiu a área, bateu fraco, a bola rebateu e sobrou para Ribamar que também não soube aproveitar a chance. Pablo estava bem, era talvez o jogador mais valente e lúcido do ataque, dividia todas, mas não tinha com quem jogar. De resto o time parecia sonolento e perdido, bolas fáceis escapavam, chutes como de Pavez, sumiam nas nuvens e passes errados eram uma constante. A torcida caminhou com o time, sem cobranças e sem vaias desnecessárias. 

Aos 15´ Jonathan arriscou, mas a bola ficou com Vitor. O Galo começou a “subir” com perigo. Aos 21´ escanteio cobrado, a zaga afastou, ninguém marcou Robinho que livre, dominou e emendou de primeira. Galo 1x0. O Furacão passou a viver de jogadas esporádicas, levantamentos sem resultado. A arbitragem se juntará ao Galo e afogava o Furacão ainda mais com erros e inversões contínuas. O Furacão era um fantasma em campo e não houve nenhum lance de destaque até o final do 1º tempo. Fabiano parece ter ouvido minhas preces.

2º tempo. Gedoz voltou no lugar de Pablo. Eu teria feito as 3 substituições no intervalo. O Galo voltou pressionando, estava fácil. Aos 7´ Gedoz, quase gol olímpico em cobrança de escanteio. Sidcley no lugar de Lucas Fernandes que pouco produziu e Matheus Anjos no lugar de Guilherme que não jogou. Aos 21´ Gedoz bateu falta e a bola passou riscando a trave. Com as substituições o time melhorou, mas a ansiedade persistia e atrapalhava o time, além do árbitro tendencioso que irritava a torcida cada vez mais. Gedoz era o melhor em campo.

Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial
Rossetto arriscou de longe aos 23´. O negócio era chutar porque tocando o time errava demais e não assustava o Galo. Aos 25´ Matheus Anjos desferiu um petardo de longe, a bola passou perto, seria um golaço. 29´ e Gedoz outra vez para uma defesa espetacular de Vitor. 32´ e Matheus Anjos arriscou sem perigo. Aos 35´ bola sobrou para Pavez que encheu o pé, mas Alex Silva salvou o Galo. Pressão do Furacão e Thiago Heleno de cabeça obriga a Vitor fazer defesa fantástica. A esperança de empate morreu aos 37´. Thiago Heleno errou passe e a bola sobrou nos pés de Robinho sem marcação, que fez 2x0 Galo e matou o jogo.

Em tempo: Tirinhas valiosas

Nem bem houve a liberação da cerveja e já começaram os primeiros problemas no estádio. Torcedores se enfrentaram em diversas partes da Arena. Alguns enfrentaram até mesmo seguranças do clube. A Diretoria do clube também foi alvo e vários focos de confusões. Será que realmente foi uma boa ideia liberar a cerveja? Com os primeiros focos de confusão, o torcedor demonstra que realmente não está preparado para a liberação da bebida. Ou seja, fica a dica, ou se comporta ou irão tirar o “néctar dos deuses” novamente de circulação. E depois reclamam quando chamo certos torcedores de burros.

Manifestação na praça: Desde que seja pacifica e sem desordem, que não venha a ferir a liberdade de outros torcedores e pessoas que trafegam próximo, tudo é válido para demonstrar o amor pelo Furacão. A dica é sempre a mesma, se organizem e façam protestos de forma civilizada e ordeira. Vaias, só no fim de jogo. Apesar que as confusões na arquibancada também não são nada agradáveis para quem quer ir a campo torcer pelo seu clube e curtir o espetáculo.

Na saída fui interpelado por torcedores políticos. Preocupados se voto ou não voto. Tive que rir. Como se estivesse preocupado com política e devesse ter a opinião deles. Bobinhos! Vocês parecem com os briguentos de esquerda e direita do Brasil. Deixem a política de lado e torçam pelo Atlético. Política só daqui dois anos e até lá, gostem ou não, terão que engolir as derrotas eleitorais. Vibrar com as derrotas do Atlético não fortalecerá vocês em nada. Não passou apenas de bate boca desnecessário, efeitos da cerveja. Esse grupo político é bancado com muito dinheiro e não respeita opiniões de ninguém. Acham que a ditadura deles é a ideal para o clube. Denúncias anônimas sugerem que esse dinheiro teria abastecido até mesmo membros da Organizada. Vamos ficar de olho!

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