O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março, foi lembrado pelos vereadores colombenses na sessão ordinária de terça-feira (7/3).
Única mulher eleita entre os 17 parlamentares no município, a vereadora Dolíria Strapasson (PSDB), destacou que se sente honrada pela responsabilidade de ser a representante das demandas do mundo feminino no Poder Legislativo, mas também destacou a sensação de solidão. “Me sinto sozinha no meio politico, mas tem muitas mulheres com garra para também representarem a população”, disse.
Colombo tem atualmente 235 mil habitantes e mais da metade (50,7% são mulheres). Nas últimas eleições, 107 mulheres se candidataram ao cargo de vereadora, mas apenas Dolíria foi eleita, para sua segunda legislatura, com 1.269 votos.
A proporção de mulheres eleitas para o cargo de parlamentar nas cidades teve um aumento bastante discreto entre as eleições de 2012 e de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No total, 13,5% dos vereadores eleitos são mulheres (7,8 mil de 57,8 mil candidatos). Há quatro anos, o percentual foi de 13,3%.
A representatividade feminina nas câmaras municipais equivale à do Legislativo federal. E, na comparação com a situação mundial, o Brasil tem uma das piores taxas de presença de mulheres do Congresso. Segundo o documento “Mulheres no Parlamento: Revisão Anual”, da União Interparlamentar (IPU), numa lista de 193 países, o Brasil ocupa a 155ª posição em representatividade feminina.
Durante a sessão desta terça-feira, a vereadora foi homenageada por seus pares e foi presenteada com uma poesia composta por Claudinei Duarte de Lima, da APMC - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Colombo, que ocupou a Tribuna Livre ao lado de Silmara Aparecida Mayer.
Nos bastidores da Câmara, contudo, a vereadora está longe de ser a única representante feminina? Dos 74 funcionários e servidores, 42 (57 %) são mulheres. O vereador Marquinho Berlesi (PSDB), vice-presidente da Câmara, destacou a atuação feminina dentro do Legislativo no trabalho de servidoras e funcionárias.
O presidente da Câmara, o vereador Vagner Brandão (PRB), lembrou as origens do Dia Internacional da Mulher, no contexto lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho e também de direito ao voto. Lembrou o incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, em 25 março de 1911, que matou 146 trabalhadores, em sua maioria, costureiras, por falta de condições de segurança. O fato virou um marco da necessidade de um dia no ano para lembrar as demandas das mulheres.
Também reforçando a necessidade de ter o Dia Internacional da Mulher como data para reivindicar e não somente comemorar, o vereador Anderson Prego (PT), apresentou dados da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do Governo Federal que destacam os números da violência contra a mulher e as diferenças no mercado do trabalho. E acrescentou: “Nosso município tem muita violência contra a mulher e não temos a coordenadoria ou secretaria da mulher. Vejo as mulheres que fazem parte do Conselho lutando por essa coordenadoria, para que as colombenses agredidas não precisem ficar fugindo de seus companheiros”, afirmou.
Os vereadores Sidney Campos (PRP) e Renato Lunardon (PV) usaram suas falas para homenagear as mulheres por seu dia. O vereador Edson Baggio celebrou a prefeita Beti Pavin (PSDB) como representante feminina de liderança na cidade. Nas eleições para prefeito no ano passado, 2.039 mulheres se candidataram ao posto nas 5.509 cidades brasileiras. Cerca de apenas 31,3% delas foram eleitas, numa proporção menor que a das eleições de 2012, quando 32.6 das candidatas mulheres à prefeitura foram escolhidas pela população, segundo dados da Justiça Eleitoral.
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