CLUBES DESORGANIZADOS
Lamentável a desorganização do futebol brasileiro.
Tenho visto muita gente defender o Santos, mas não há o que defender.
Cuca, técnico do Santos, foi enfático quando falou da desorganização, assumindo a culpa do clube.
Não há o que reclamar! Regras são regras e devem ser seguidas!
Quando passamos pela perseguição, imposta ao clube em 2004 contra esse mesmo Santos, os mesmos não tiveram a lisura de resolver as coisas no campo de jogo. É certo que perdemos o Bi pela falta de profissionalismo e caráter de Levir, mas nada justifica os seguidos mandos de campo que perdemos durante aquele campeonato, onde uma folha de papel voando era motivo para punição.
Ninguém reclamou e se juntou a nós contra aquela baixaria, ao contrário, o eixo aderiu ao movimento contra o Atlético.
Em 2005 nova lástima, desta vez com a mesma Conmebol que hoje apedrejam. Nos tiraram de nossa casa nas finais da Libertadores e ninguém mais se pronunciou em favor do Furacão, que teve que partir para a distante Porto Alegre e lá jogar sua sorte.
Ninguém reclamou e se juntou a nós contra aquela baixaria, ao contrário, o eixo aderiu ao movimento contra o Atlético.
Não queiram agora aderir a patética reclamação santista, pela punição justa imposta, oriunda de seus próprios erros.
Só vejo com resignação que um clube, como o San Lorenzo, por exemplo, seja beneficiado, como foi, mesmo perdendo as duas partidas e isso deve ser revisto. Um derrotado duplamente não pode ter o direito de seguir na competição, mesmo com punição ao adversário.
O Atlético tomou todos os cuidados e não caiu no erro, esgotando todas as possibilidades e ainda mantendo fora dos confrontos o lateral Carleto.
Se fosse com o Atlético, os clubes do eixo, a CBF e a mídia nacional, principalmente a paranaense, estariam descendo o “sarrafo” sem dó. Pensem nisso!
TORCIDAS DESORGANIZADAS
Até quando o futebol e os torcedores de bem, continuarão reféns de torcidas bandidas e seus atos criminosos?
As cenas no Pacaembu foram hediondas, novamente lamentáveis e caem no slogan “mais do mesmo”!
Acontece que qualquer movimento com intuito de modificar a situação é imediatamente rechaçado.
Talvez o sistema de torcida única, adotado por Atlético e Ministério Público do Estado do Paraná, não seja o melhor caminho para solução do problema, mas ninguém pode negar que existe um movimento em busca de uma solução para evitar e coibir cenas como as que ocorrem pelo Brasil semanalmente.
A torcida única poderia ter evitado a vinda dos argentinos e quem sabe, o torcedor do grêmio não tivesse sido vítima no Sul, de uma bomba atirada em um ponto de ônibus, pelos torcedores do Estudiantes que voltavam para “casa”.
Entendam, não estou defendendo a continuação do projeto torcida única, mas quando me deparo com situações bizarras e bandidas, em que vidas são ceifadas por conta de um fanatismo criminoso, acabo repensando várias situações.
Em Pelotas, a torcida organizada do coxa provocou outros distúrbios, entrando em conflito com a torcida do Brasil de Pelotas e nesse ano, a mesma organizada, já entrou em violentos combates contra torcedores do Figueirense e Vila Nova, tanto dentro quanto fora de campo.
Como ver graça com a presença de torcidas adversárias, quando se é colocada em risco a vida de outros que querem ter o direito a torcer?
Com atitudes assim, as mesmas torcidas que reclamam de torcida única, estão colaborando para que o projeto ganhe força, que acaba fazendo o poder público de outros estados pensarem com mais “carinho” na possibilidade de adotarem a medida em seus domínios.
A quantidade de policiais deslocados para coibir a violência tanto em São Paulo, quanto no Rio Grande do Sul foi assustadora, o que acaba tirando das famílias, que nada querem com futebol ou que não torcem para os determinados times, um pouco da segurança que fazem jus.
Mortes semanais no Nordeste, mortes no centro oeste e o Brasil virado em um Faroeste Caboclo da violência de torcidas.
A torcida única não é a melhor solução, mas talvez seja o pontapé inicial na busca de soluções. O Ministério Público de cada estado precisa encontrar com urgência soluções adequadas que reprimam a violência das torcidas.
Como a segurança pública já não tem dado conta, acredito que o movimento que se levanta lentamente no Rio de Janeiro pela extinção das torcidas organizadas, logo ganhará força no Estado do Paraná também. Já existem estudos sobre a possibilidade de tal medida, em virtude principalmente dos atos bestiais provocados pela organizada coxa, que vem cometendo inúmeros delitos e pelo clube não ter aceito a parceria com o MP para os testes com torcida única.
Da nossa torcida não podemos mais reclamar. A consciência parece ter tomado conta e aos poucos, os mesmos tem buscado parcerias e formas de segurança para todos com outras torcidas, afim de evitar que o pior venha ocorrer.
Não se enganem, pois, o teste com torcida única é apenas o último item da relação de atitudes tomadas pelo Ministério Público, para conter as barbáries promovidas por torcedores no futebol brasileiro. Quando um item for derrubado, virá o próximo a pleno vapor e as coisas poderão ficar ainda piores para aqueles que salientam que estão tirando a graça do esporte com o projeto torcida única.
Quem está tirando a graça é o próprio torcedor, que acha que com selvageria e violência pode impor suas razões ou no caso do Santos, forçar uma entidade a rever um regulamento que foi vergonhosamente ignorado e corrompido pelo próprio clube.
A extinção das organizadas seria outra derrota para o esporte. Mas não havendo soluções eficazes, o poder público, ao esgotar todas as possibilidades, entrará firme na caça dos CNPJs, que pagarão pelos excessos de uma minoria.
Novos testes e novas regras estão sendo impostas, cabe saber se o torcedor irá acordar enquanto é tempo, afim de evitar o pior.
Cabe saber se o torcedor de forma geral vai colaborar ou se vai querer "pagar pra ver"!
EMBAIXADA ATLETICANA NO RIO
Um belo exemplo a ser seguido é o da Embaixada Atleticana no Rio de Janeiro, que nos últimos dias promoveu um encontro de vários torcedores de diferentes camisas.
Torcedores do São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense, entre outros, unidos aos torcedores “cariocas” do Furacão, promoveram uma confraternização gigantesca e maravilhosa no Rio, afim de promover a cordialidade entre torcedores de diferentes camisas.
Sinal que algo está mudando, para poucos ainda, mas o suficiente para darmos o “pontapé” inicial para a paz que tanto almejamos entre as torcidas.
São projetos assim que alimentam a esperança de que o futebol brasileiro seja mais paixão do que agressão entre torcidas “rivais”.
Não somos inimigos, apenas temos opiniões e camisas diferentes e elas devem ser respeitadas!
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