terça-feira, 9 de maio de 2017

Atlético PR em números: Gestão enaltecida nacionalmente

Amir Somoggi, do Diário LANCE!, publicou em sua coluna uma análise sobre a realidade financeira do Atlético Paranaense.

Além de elogiar a forma de captação de recursos para auto sustentabilidade do clube, estádio e CT, teceu comentários sobre possibilidades, que ajudariam o Furacão a ter um acréscimo em suas receitas.

O comparativo explicativo com gráficos demonstra bem o esforço que é feito para atingir essa sustentabilidade, com uma administração séria, equilibrada e pontual, para que o clube continue sua jornada rumo a um futuro independente financeiramente.

Vale a pena a leitura e ficar por dentro dos números:


Por Amir Somoggi do Jornal LANCE!

O Clube Atlético Paranaense (CAP) acaba de publicar seu balanço patrimonial.

O clube paranaense é um dos melhores modelos de gestão do futebol brasileiro, já que mesmo com todas as dificuldades de estar fora do eixo RJ-SP, cresceu de forma sustentável.

O clube conta com um controle rígido do seu orçamento, tem um CT de última geração e uma arena moderna. Inclusive foi o percursor, ao ser o primeiro clube brasileiro a ter uma arena, ainda na década de 1990.

Atualmente é único clube do país que controla 100% sua nova arena, sem depender de empreiteiras enroladas até o pescoço na justiça.

Por outro lado, a arena fatura muito pouco, perto de seu potencial.
Em 2016, o CAP atingiu receitas de R$ 164 milhões, crescimento de 4% em relação a 2015.



O principal fator para o crescimento das receitas foi o aumento expressivo dos valores provenientes da TV, que cresceram 80% e atingiram R$ 55,3 milhões.

Vale destacar também o aumento de 27% nos patrocínios, 37% em bilheteria e 81% em outras receitas da arena.

Por outro lado, houve uma queda de 45% nas receitas com transferências de atletas.

Descontado o efeito das transferências, o faturamento do CAP cresceu 34% no ano passado.

Já as receitas com sócios estão estagnadas. 




Os custos com futebol do clube atingiram em 2016 R$ 89,9 milhões, aumento de 10% em relação a 2015. Nesse valor estão inclusos R$ 12,2 milhões em custos com transferências de atletas.

Atualmente os custos com futebol representam 65% de suas receitas.



O controle orçamentário do CAP pode ser verificado nos seus superávits, que em 2016 foram de R$ 36,6 milhões.

Nos últimos três anos os superávits acumulados foram de R$ 125,6 milhões. 




Já as dívidas do clube paranaense subiram 7% em 2016 e atingiram R$ 264,5 milhões.





O principal fator para endividamento do clube foi a reforma da Arena da Baixada, já que antes de 2012 o clube simplesmente não tinha dívidas, caso único no futebol brasileiro.

O clube não tem quase dívidas para sua operação. Assim para ter uma arena 100% sua o clube contraiu empréstimos que viabilizaram a obra.

Por outro lado, precisa faturar muito mais que a realidade atual, a fim de poder zerar essa dívida.

Esse é seu grande desafio!

Receitas atuais da Arena da Baixada

Como citado o grande desafio para o CAP é aumentar as receitas com sua moderna arena.

As receitas da arena, incluindo o faturamento com sócios e bilheteria atingiram R$ 42,3 milhões em 2016, frente aos R$ 36, 1 milhões de 2015.

Isso representa uma evolução de 17%.


Pelos meus cálculos a Arena da Baixada fatura bem menos do que deveria. Há um amplo espaço para as receitas crescerem.

Os sócios precisam ultrapassar R$ 40 milhões por ano e a bilheteria precisa ultrapassar R$ 14 milhões. Assim somente essas duas fontes podem somar R$ 54 milhões.

Nada menos que 66% superior a realidade atual.

Já as outras receitas da arena não chegam a R$ 10 milhões e precisam crescer.

Houve um acréscimo no faturamento com placas de publicidade que passaram de R$ 1,2 milhão para mais R$ 4,4 milhões (+267%)

E o aluguel para shows que saiu de R$ 1,8 milhão para R$ 3,9 milhões. ( +117%).

Onde crescer?

O ponto fraco são os camarotes, que faturam R$ 814 mil por ano e deveriam faturam mais de R$ 4 milhões.

E as lojas que movimentam apenas R$ 254 mil e tem potencial para faturar mais de R$ 1 milhão.

Assim, as outras receitas da arena poderiam sair de menos de R$ 10 milhões para mais de R$ 15 milhões por ano.

E somados com os sócios e bilheteria fazer com que a Arena da Baixada produza R$ 69 milhões.


LINK DA REPORTAGEM: LANCE!


Um comentário:

  1. BOM TEXTO MAIS NA QUESTÃO DE SÓCIOS VAI SER DIFÍCIL SO TEMOS AUMENTO DE SOCIOS EM JOGOS IMPORTANTES COMO CONTRA O FLAMIDIA ENCHEU DE NOVOS SÓCIOS PERDEMOS AGORA DOIS JOGOS E CAPAZ DE CANCELAREM O SÓCIO MAS E ERRADO DEVERÍAMOS TER SÓCIOS SEMPRE O QUE EU ACHO DIFÍCIL

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