Todos nós Atleticanos de alma, começamos a quarta com a
cabeça “fora do lugar”.
Um dia tenso, sem saber o que nos esperava em Santiago.
Mal sabíamos que estaríamos diante de um dos finais de grupo
mais épicos da história da Libertadores.
Quem em sã consciência poderia apostar naqueles 15 minutos
finais?
Ah meu amigo!!!! Aqui é Furacão, e relembrando o feito de
Ziquita em 1978, sabemos que de vez em quando, o destino nos reserva um
“estádio” cheio de emoções.
O jogo começou da forma que eu esperava, um Atlético mais
brigador, embora se mostrasse receoso de tomar um gol que afundaria nossas
pretensões.
As chances apareceram e constantemente paravam na barreira
chilena.
Sidcley comia a bola, era o melhor jogador em campo.
Grafite teve 3 chances claras, mas foi bloqueado.
Nikão tentou e esbarrou no defensor do Universidad.
Pablo conduzia com maestria o lado esquerdo.
Mas a bola não entrava.
O Fla abria o placar na Argentina e a ponta de esperança
aumentava, naquele momento o empate resolveria tudo.
14´- Flamengo 1x0 San Lorenzo
Mas a alegria durou pouco mais de 20 minutos, o Universidad
achou no bico da chuteira de Santiago o gol e abriu o placar afundando nossas
esperanças.
35´ - Universidad 1x0 Atlético
O gol abalou o time, que esfriou, balançou e não conseguiu
reagir.
O segundo tempo começou com um Furacão perdido, amontoado,
sem saber o que fazer com a bola, enquanto o Universidad se aproveitava disso e dos
constantes buracos deixados na defesa do Atlético para pressionar. Até que o
travessão parou o Univesidad.
Mas o Atlético não reagiu, não tinha forças, lutava,
batalhava, havia raça, mas a bola não respondia. As sobras de bola caiam nos
pés adversários e o tempo passava na velocidade da luz e logo chegamos aos 20
minutos do segundo tempo, e a ampulheta da classificação começava a dar seus
últimos suspiros de areia.
A entrada de Carlos Alberto mudou o sistema ofensivo, dando
mais equilíbrio ao meio campo do Furacão. Mas a bola ainda parava na zaga
chilena.
Para desespero da torcida, logo em seguida a entrada de CA,
vieram Douglas Coutinho e Eduardo da Silva.
Nas redes, nada mais prestava, a maioria havia jogado a
toalha e desistido, teve gente que acordou pela manhã e não acreditou quando
viu os placares da rodada.
Aos 30´ minutos começaram os 15 minutos mais emocionantes do
futebol sulamericano em 2017 e do grupo da morte.
Uma sucessão de trocas na tabela de classificação, daquelas
pra derrubar apostadores no mundo inteiro e infartar torcedores de todos os 4
clubes do grupo 4.
E os predestinados pelas mãos de Autuori, passariam de
coadjuvantes a protagonistas do jogo.
Aos 29´ Flamengo mantinha o 1x0.
Nesse momento Flamengo e Universidad se classificavam e precisávamos só de um golzinho salvador.
Aos 30´ Carlos Alberto cruzou na cabeça de Eduardo da Silva
que empatou o jogo para festa geral e avassaladora da torcida.
30´- Atlético 1x1 Universidad
Flamengo e Atlético classificados.
Mas a alegria deu lugar a angústia em menos de 1 minuto,
pois o San Lorenzo no mesmo momento empatava o jogo contra o Flamengo.
Aos 31´(tempo no Chile) - San Lorenzo 1x1 Flamengo (29´)
Flamengo e San Lorenzo classificados.
Pensei: “Que M... Buscamos esse gol o jogo inteiro e parece
que tudo está contra nós”!
O gol acordou o Furacão e trouxe o Unviersidad para cima
abrindo espaços para os contra-ataques.
Aos 38´ o Furacão, através de um “passe contra” açucarado de
Maripán desarmando Nikão, encontrou nos pés de Coutinho “Bolt” o segundo gol
salvador, o que parecia ser da classificação.
38´ - Atlético 2x1 Universidad
Flamengo e Atlético classificados.
Está bom pra você? Não! Furacão sem emoção não é Furacão e
quiseram os deuses do futebol que num chute sensacional de Noir, a bola
acertasse o ângulo de Weverton 2 minutos após. Indefensável.
40´ - Universidad 2x2 Atlético
Flamengo e San Lorenzo classificados.
Que jogos meu amigo! Que jogos! Os times se atacavam e se
“degladiavam” por cada bola, qualquer gol poderia classificar qualquer das 4
equipes.
É nesse instante que um jogador com categoria faz a
diferença.
Vinha defendendo a tese desde o início do ano que o Furacão
com Carlos Alberto é um e sem ele é outro e poucos me deram ouvidos. O cara
entrou, colocou a bola no chão e ajudou o time a jogar.
Aos 41´, Jonathan partiu pela direita driblou e colocou a
bola no pé direito de Carlos Alberto que com maestria colocou no ângulo do
goleiro chileno, para derrubar todos do sofá, pra comemorar e infartar, pra
derrubar a casa, pra berrar, extravasar e para saber que o sistema nervoso iria
se abalar mais ainda, adrenalina pura.
42´- Atlético 3x2 Universidad
Flamengo e Atlético classificados.
Os jogos tomaram ares de batalhas medievais.
Todos atacavam, todos se defendiam, 4 equipes em finais de
jogos eletrizantes e ninguém poderia apostar quem realmente seria o
classificado. O jogo na Argentina pegou fogo com o terceiro gol do Atlético e o
San Lorenzo foi para cima do Fla.
No Chile o Furacão se defendia como podia e o coração
Atleticano se apertava ainda mais.
E numa falta inexistente, Wanderson tomou amarelo, perdeu a
cabeça e foi expulso, mas foi a melhor coisa que aconteceu, uma maneira nada
convencional de esfriar os chilenos e fazer o tempo passar até que aos
50´minutos o árbitro dava por encerrado o sofrimento Atleticano.
Uma vitória épica. Mas você pensa que acabou? Negativo
“mermão”!
No apito final do jogo do Atlético, quiseram os deuses do
futebol novamente que no último lance do jogo na Argentina, o San Lorenzo
marcasse o gol da vitória e colocasse a combinação menos provável para todos.
50´ (tempo no Chile) - San Lorenzo 2x1 Flamengo (48´)
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE E CLUBE ATLÉTICO SAN LORENZO
CLASSIFICADOS.
A Globo ficou pasma, a Sportv sentiu-se derrotada, a RPC
queimou o filme definitivamente, a torcida do Flamengo ficou sem acreditar no
que estava acontecendo, o Brasil em meio às bestialidades políticas da noite,
vibrava com os 15 minutos mais sensacionais do futebol sulamericano em 2017,
todos atônitos sem entender que Furacão de 15 minutos foi aquele no futebol das
Américas.
Nas redes de tv era enaltecida a atitude do Atlético de ter
poupado jogadores, era desmerecida a atitude do Flamengo de não ter poupado
ninguém. O time do Atlético era o mais consistente e melhor, o do Flamengo era
ruim e fraco. Conversas totalmente diferentes do que se havia dito antes dos
jogos pelos comentaristas de resultados.
Vocês lembrarão do meu recado para aqueles que disseram que
o Flamengo era o melhor time do grupo, lá no começo desta fase. Vocês terão que
engolir, eu disse: “O nosso time é melhor que o deles”. E o melhor se define
assim: Nós classificados e eles fora!
No Grupo da morte quem deu as cartas foi o Furacão,
“desclassificou” Fla e Universidad e permitiu ao San Lorenzo chegar.
A todos os críticos, a todos que desmereceram nossa camisa,
principalmente aos Atleticanos que desmereceram o trabalho feito até aqui, que
duvidaram das nossas chances, que jogaram contra, que abusaram das ofensas, da “ridicularidade”,
a todos os anti atleticanos que vibraram com o gol do San Lorenzo na Baixada ...
O RECADO ESTÁ DADO!
VOCÊS TERÃO QUE NOS ENGOLIR!
RESPEITEM NOSSA CAMISA!
Cade meu comentario???
ResponderExcluirSó havia esse... Reescreva seu comentário... vc deve ter deletado sem querer!
ExcluirAdoro...
ResponderExcluirforam os quinze minutos mais tensos de minha vida
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