quinta-feira, 18 de maio de 2017

HEROICO E EXTASIANTE – RESPEITEM ESSA CAMISA



Todos nós Atleticanos de alma, começamos a quarta com a cabeça “fora do lugar”.

Um dia tenso, sem saber o que nos esperava em Santiago.

Mal sabíamos que estaríamos diante de um dos finais de grupo mais épicos da história da Libertadores.

Quem em sã consciência poderia apostar naqueles 15 minutos finais?

Ah meu amigo!!!! Aqui é Furacão, e relembrando o feito de Ziquita em 1978, sabemos que de vez em quando, o destino nos reserva um “estádio” cheio de emoções.

O jogo começou da forma que eu esperava, um Atlético mais brigador, embora se mostrasse receoso de tomar um gol que afundaria nossas pretensões.

As chances apareceram e constantemente paravam na barreira chilena.

Sidcley comia a bola, era o melhor jogador em campo.

Grafite teve 3 chances claras, mas foi bloqueado.

Nikão tentou e esbarrou no defensor do Universidad.

Pablo conduzia com maestria o lado esquerdo.

Mas a bola não entrava.

O Fla abria o placar na Argentina e a ponta de esperança aumentava, naquele momento o empate resolveria tudo.

14´- Flamengo 1x0 San Lorenzo 

Mas a alegria durou pouco mais de 20 minutos, o Universidad achou no bico da chuteira de Santiago o gol e abriu o placar afundando nossas esperanças.

35´ - Universidad 1x0 Atlético

O gol abalou o time, que esfriou, balançou e não conseguiu reagir.

O segundo tempo começou com um Furacão perdido, amontoado, sem saber o que fazer com a bola, enquanto o Universidad se aproveitava disso e dos constantes buracos deixados na defesa do Atlético para pressionar. Até que o travessão parou o Univesidad. 

Mas o Atlético não reagiu, não tinha forças, lutava, batalhava, havia raça, mas a bola não respondia. As sobras de bola caiam nos pés adversários e o tempo passava na velocidade da luz e logo chegamos aos 20 minutos do segundo tempo, e a ampulheta da classificação começava a dar seus últimos suspiros de areia.

A entrada de Carlos Alberto mudou o sistema ofensivo, dando mais equilíbrio ao meio campo do Furacão. Mas a bola ainda parava na zaga chilena. 

Para desespero da torcida, logo em seguida a entrada de CA, vieram Douglas Coutinho e Eduardo da Silva.

Nas redes, nada mais prestava, a maioria havia jogado a toalha e desistido, teve gente que acordou pela manhã e não acreditou quando viu os placares da rodada.

Aos 30´ minutos começaram os 15 minutos mais emocionantes do futebol sulamericano em 2017 e do grupo da morte.

Uma sucessão de trocas na tabela de classificação, daquelas pra derrubar apostadores no mundo inteiro e infartar torcedores de todos os 4 clubes do grupo 4.

E os predestinados pelas mãos de Autuori, passariam de coadjuvantes a protagonistas do jogo.

Aos 29´ Flamengo mantinha o 1x0. 

Nesse momento Flamengo e Universidad se classificavam e precisávamos só de um golzinho salvador.

Aos 30´ Carlos Alberto cruzou na cabeça de Eduardo da Silva que empatou o jogo para festa geral e avassaladora da torcida. 

30´- Atlético 1x1 Universidad

Flamengo e Atlético classificados.

Mas a alegria deu lugar a angústia em menos de 1 minuto, pois o San Lorenzo no mesmo momento empatava o jogo contra o Flamengo.

Aos 31´(tempo no Chile) - San Lorenzo 1x1 Flamengo (29´)

Flamengo e San Lorenzo classificados.

Pensei: “Que M... Buscamos esse gol o jogo inteiro e parece que tudo está contra nós”!

O gol acordou o Furacão e trouxe o Unviersidad para cima abrindo espaços para os contra-ataques.

Aos 38´ o Furacão, através de um “passe contra” açucarado de Maripán desarmando Nikão, encontrou nos pés de Coutinho “Bolt” o segundo gol salvador, o que parecia ser da classificação.

38´ - Atlético 2x1 Universidad

Flamengo e Atlético classificados.

Está bom pra você? Não! Furacão sem emoção não é Furacão e quiseram os deuses do futebol que num chute sensacional de Noir, a bola acertasse o ângulo de Weverton 2 minutos após. Indefensável. 

40´ - Universidad 2x2 Atlético

Flamengo e San Lorenzo classificados.

Que jogos meu amigo! Que jogos! Os times se atacavam e se “degladiavam” por cada bola, qualquer gol poderia classificar qualquer das 4 equipes.

É nesse instante que um jogador com categoria faz a diferença.

Vinha defendendo a tese desde o início do ano que o Furacão com Carlos Alberto é um e sem ele é outro e poucos me deram ouvidos. O cara entrou, colocou a bola no chão e ajudou o time a jogar.

Aos 41´, Jonathan partiu pela direita driblou e colocou a bola no pé direito de Carlos Alberto que com maestria colocou no ângulo do goleiro chileno, para derrubar todos do sofá, pra comemorar e infartar, pra derrubar a casa, pra berrar, extravasar e para saber que o sistema nervoso iria se abalar mais ainda, adrenalina pura.

42´- Atlético 3x2 Universidad

Flamengo e Atlético classificados.

Os jogos tomaram ares de batalhas medievais.

Todos atacavam, todos se defendiam, 4 equipes em finais de jogos eletrizantes e ninguém poderia apostar quem realmente seria o classificado. O jogo na Argentina pegou fogo com o terceiro gol do Atlético e o San Lorenzo foi para cima do Fla.

No Chile o Furacão se defendia como podia e o coração Atleticano se apertava ainda mais.

E numa falta inexistente, Wanderson tomou amarelo, perdeu a cabeça e foi expulso, mas foi a melhor coisa que aconteceu, uma maneira nada convencional de esfriar os chilenos e fazer o tempo passar até que aos 50´minutos o árbitro dava por encerrado o sofrimento Atleticano.

Uma vitória épica. Mas você pensa que acabou? Negativo “mermão”!

No apito final do jogo do Atlético, quiseram os deuses do futebol novamente que no último lance do jogo na Argentina, o San Lorenzo marcasse o gol da vitória e colocasse a combinação menos provável para todos.

50´ (tempo no Chile) - San Lorenzo 2x1 Flamengo (48´)

CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE E CLUBE ATLÉTICO SAN LORENZO CLASSIFICADOS.

A Globo ficou pasma, a Sportv sentiu-se derrotada, a RPC queimou o filme definitivamente, a torcida do Flamengo ficou sem acreditar no que estava acontecendo, o Brasil em meio às bestialidades políticas da noite, vibrava com os 15 minutos mais sensacionais do futebol sulamericano em 2017, todos atônitos sem entender que Furacão de 15 minutos foi aquele no futebol das Américas.

Nas redes de tv era enaltecida a atitude do Atlético de ter poupado jogadores, era desmerecida a atitude do Flamengo de não ter poupado ninguém. O time do Atlético era o mais consistente e melhor, o do Flamengo era ruim e fraco. Conversas totalmente diferentes do que se havia dito antes dos jogos pelos comentaristas de resultados.

Vocês lembrarão do meu recado para aqueles que disseram que o Flamengo era o melhor time do grupo, lá no começo desta fase. Vocês terão que engolir, eu disse: “O nosso time é melhor que o deles”. E o melhor se define assim: Nós classificados e eles fora!

No Grupo da morte quem deu as cartas foi o Furacão, “desclassificou” Fla e Universidad e permitiu ao San Lorenzo chegar.

A todos os críticos, a todos que desmereceram nossa camisa, principalmente aos Atleticanos que desmereceram o trabalho feito até aqui, que duvidaram das nossas chances, que jogaram contra, que abusaram das ofensas, da “ridicularidade”, a todos os anti atleticanos que vibraram com o gol do San Lorenzo na Baixada ... 

O RECADO ESTÁ DADO!

VOCÊS TERÃO QUE NOS ENGOLIR!

RESPEITEM NOSSA CAMISA!


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