quinta-feira, 4 de maio de 2017

WALKING DEAD: A SEMANA DOS MORTOS VIVOS

CAP X CASLA

Gostaria de saber exatamente o motivo pelo qual tomamos dois vareios de bola consecutivos em casa!?!?!?!?! Mas dois vareios daqueles, de ficar na roda, de ouvir olé com justiça e acabar sentados no chão.
 

O primeiro vareio até entendo, sem conjunto, time da piazada, poupar time pra Libertadores e coisas do tipo que já sabemos ... não justifica, mas ... justifica.
 

Mas o segundo vareio de bola, ainda não desceu goela abaixo, ainda não foi assimilado pelo meu consciente futebolístico, ainda não engoli.
 

Após a grande partida contra o Flamengo, onde mesmo no sufoco, vencemos a partida de forma brava e heroica, contra um time qualificado, tínhamos a certeza de que não teríamos tantos problemas contra o San Lorenzo como tivemos contra o “mengo”.
 

Mas todos nos enganamos redondamente.
 

Ok, concordo, faltou Jonatham, Pablo na melhor forma, o “casalbé” que alugou o DM. Mas... porque mesmo, o Rossetto foi sacado no intervalo se era o melhor em campo? Eu não sou o técnico, não decido, mas teria colocado o Pablo no lugar do Eduardo.
 

O time todo parecia estar sem ritmo de jogo, sem entrosamento.
 

Minha visão ficou meio turva durante o jogo contra o San Lorenzo e daquele time guerreiro de uma semana atrás, vi apenas miragens. O time entrou cauteloso, disso não tenho dúvidas, mas aos poucos fui notando que na verdade não havia tanta cautela e sim uma certa sonolência, além de um peso tremendo nas pernas de cada jogador, o time realmente estava pesado e perdido em campo.
 

Os adversários descobriram os pontos fracos do Furacão: Toque de bola e bola alçada na área. Simples, fácil e mortal. Foi assim contra o coxa e foi assim contra o San Lorenzo, além do que, qualquer erro já provoca a fúria da torcida, que perde a paciência cedo e ao invés de jogar a favor, começa a jogar contra e “eles” estão aprendendo a tirar proveito disso.
 

Infelizmente vivemos dois jogos com um time sem atitude, sem força e aparentemente sem força de vontade de se aplicar e superar o revés.
 

Muitos erros, seguidos erros de passes primários.
 

Muitos erros de cruzamentos e faltas muito mal batidas, sem explicação.
 

Erros de posicionamento, erros de ataque, erros de defesa, jogadores paralisados, jogadores que não erram, simplesmente desastrosos.
 

Algo estranho aconteceu nos dois últimos jogos. RESTA SABER O QUÊ!?!?!?!?!?!
 

Será que temos um time macho para virar a situação?
 

Será que temos um time macho para fazer "baixar" um novo Ziquita e derrubar o coxa na casa deles? E no Chile como será?
 

Digamos que vi um Walking Dead Atleticano nas últimas duas jornadas.

 

TORCIDA COXA

Desconhecia a existência ainda de torcedores coxas.
 

Desconhecia até a existência ainda, de torcedores de outros clubes da capital.
 

Já tinha plena certeza que éramos os únicos torcedores de um clube de Curitiba.
 

Dado o tamanho minúsculo de nossos ditos rivais, (se é que temos rivais ainda nessa cidade) havia eu esquecido que tinha amigos coxas espalhados por aí.
 

Claro que eles apareceram por estes dias timidamente, em pouco número, não o suficiente para nos tirar do sério. Desenterraram algumas piadas prontas do passado, disfarçaram o cheiro de naftalina das piadinhas e das camisas antigas e sem uso e puseram em prática, com uma felicidade incomparável, todo seu desabafo de torcedores sofridos, angustiados e ressuscitados, uma felicidade daquelas de final de copa do mundo, que todos sabemos, DURA POUCO PARA ELES.
 

Há muito tempo, mas há muito tempo, não tinha contato com o ser coxa branca, não sabia que este tipo de torcedor ainda existia, fui pego de surpresa, mesmo que isolados e em pouco número, eles ainda existem. Talvez escondidos no submundo da cidade ou trancafiados em seus roupeiros, dispensas, sótãos ou até mesmo com a cabeça enterrada na areia que o gato defecou.
 

Mas eis que nesta primeira semana de maio tivemos a grata surpresa de vermos os mortos se levantarem. Quem disse que é mito a ressurreição?
 

Que maravilha!

Estou emocionado por ver amigos e até inimigos coxas novamente nas redes, nas ruas, nos jornais, revistas, rádios, televisões, campos e construções, caminhando e cantando e seguindo a canção.
Tem gente que eu tinha certeza, estava morto. Estava até preparando aquela listinha para dia de finados, tipo, flores, velas, orações, mas com as graças dos deuses do futebol, acabei por rever muitos e poder riscar da minha lista e nessa época de crise, não é exagero falar que poderei economizar com velas e flores.


Yes, sim, ELES AINDA EXISTEM. Sabemos, em pouco número, mas existem... o que nos proporciona ainda aquele gostinho de rivalidade na cidade que ficou adormecida por longos anos. 


Que bom que eles estão novamente perambulando por aí, sabemos que por pouco tempo, pois logo, tudo voltará ao normal, o organismo deles anda surrado, o corpo dilacerado e logo tenderão a deitar em uma cova rasa esperando um novo momento para aparecerem, que convenhamos, sempre demora a acontecer.


O Walking Dead coxa, com certeza, é o mais hilariante e surpreendente dos últimos anos.



Um comentário:

  1. ótimo mesmo num momento difícil você conseguiu se superar e fazer um ótimo texto
    espero que as coisas melhorem logo dali furacão ate a morte

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